terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Britânicos: Um povo com dupla personalidade?


Ora bom, como não podia deixar de ser, o meu lado de “psicóloga” teria de vir à tona. Vou falar-vos dos nativos do País de Gales e, acho que posso dizer, de um modo geral, de todo o Reino Unido. Falamos de pessoas cordiais e simpáticas ao trato, muito educadas no geral e muito “chiques” na forma como se apresentam (andam no dia-a-dia como se fossem para uma festa, mesmo apesar duma falta de gosto incrível! Mas claro isto é a minha opinião e que vale o que vale!). São extremamente preocupados com os horários e cumpridores das regras (ao contrário da maior parte dos latinos…). 

Falando delas, as mulheres, são muito brancas e altas (aqui sinto-me “baixinha” muitas vezes!), com a cara carregada de quilos de base e o toque final são as toneladas de maquilhagem que as fazem parecer autênticas bonecas de porcelana ou, pior ainda, palhaços em altura de entrar em cena. 

Quanto aos homens são uns “calmeirões”, isto é, bastante altos e encorpados (ah, claro que há os que são os chamados “barris de cerveja” porque a sua forma é mesmo redonda como um barril! Mas felizmente não são a maioria!). 

Já as crianças são autênticas e ingénuas, por inerência da idade também. São ou muito loirinhas ou muito ruivinhas e uns amores! 

Bem, e porque estou eu a ter esta conversa toda? Não sei que já ouviram falar da perturbação de dupla personalidade? Pois é, o Reino Unido e uma parte dos britânicos sofrem desta perturbação! A Perturbação da Personalidade é definida pelo DSM-IV como:” um padrão estável de experiência interna e comportamento que se afasta marcadamente do esperado para o indivíduo numa dada cultura, tendo em conta os substratos étnico, cultural e social”. E porquê dupla personalidade? A resposta é muito simples: estes britânicos durante o dia e sem o uso, ou melhor, o abuso de qualquer substância (incluindo aqui as drogas tais como: o álcool, o haxixe, a marijuana, a cocaína, etc.) são pessoas muito correctas e respeitáveis. Mas, quando chegamos a Sexta-feira ou Sábado à noite, ou a dias de jogos de Rugby (ou futebol, depende das zonas), as coisas mudam completamente de figura. Nestas alturas, eles, respeitáveis cidadãos do mundo, tornam-se verdadeiros vândalos, sem respeito por nada nem ninguém e é vê-los fazerem as mais tristes figuras. Mas as figuras que eles fazem é lá com eles, o problema é que eles interferem com a pacatez e o sossego dos demais. Por exemplo, o estado das ruas da cidade de Cardiff (falo-vos desta cidade em particular, pois é aqui que estou a viver) é verdadeiramente lamentável e pavoroso nestas alturas. Valha-nos os lixeiros que trabalham durante toda a madrugada fora para limpar o que estes "estimados cidadãos" sujam e estragam e a imensa polícia que vemos em todos os cantos e esquinas.

Mas eles não se portam assim só aqui no país deles, eles portam-se assim em qualquer sítio e estando sobre o efeito de drogas obviamente (sejam elas álcool ou as outras drogas). Falando, por exemplo, do nosso querido Algarve (ai que saudades do sol quentinho…), é vê-los em Albufeira a criar desacatos e confusão.
Tudo isto para vos dizer que, é realmente lamentável que o ser humano cede perante as coisas mundanas (como o álcool, por exemplo) e altere o seu comportamento desta forma.

Resumindo, os britânicos são pessoais incríveis tal como quaisquer outras (com as suas particularidades, é certo) mas que também têm os seus senãos! Portanto, quando me perguntam donde sou, respondo “de Portugal e com muito orgulho!” (apesar de as coisas não estarem famosas, mas o nosso Portugal está e estará sempre no nosso coração!). Claro que vândalos há em qualquer país e cidade do mundo mas esta mudança de comportamento provocada é que eu condeno.

Mas claro, esta é apenas a minha maneira de pensar, muito “certinha” e politicamente correcta mas é assim que sou feliz. E isso é o que mais importa!

Portanto, e como dizia um professor meu da faculdade: “sorriam e façam o favor de serem felizes!”.
 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Uma verdadeira preciosidade por estas bandas!!




E não é que na semana passada, quando fomos às compras, descobrimos uma verdadeira preciosidade aqui: pêras mas não como as que já tinhamos comprado (sem caroço e a saberem a nada!), eram PÊRAS ROCHAS!!! E a prova está aqui bem à vista de todos!

Temos mesmo de exportar aquilo que nós temos de bom (e que é muita coisa!!) para o estrangeiro!!! Ai que bom ter aqui Portugal mais pertinho e quem sabe não veremos mais produtos portugueses por cá!

Até breve com mais novidades!

O primeiro passo: a nova casa (3)


Com as mudanças, vêm as contas. E como nada que saiba bem é obtido sem dificuldades, também temos bastante que contar!

Uma das primeiras coisas que fizemos mal chegamos à nova casa foi reportar de imediato à companhia de electricidade e gás (a mesma para os dois, no nosso caso) e à companhia da água que tínhamos chegado à casa, que queríamos comunicar as leituras e abrir ficha na empresa. 

No caso da companhia da água, correu tudo lindamente e ficamos a saber que não tínhamos contador da água em casa, pois a nossa casa ainda é do tempo em que a conta da água depende do valor comercial da casa. Eu explico: até há alguns anos não existiam por aqui contadores de água e a mesma era paga pelo valor comercial da habitação, calculado pelo conselho municipal. Gastasse-se muita ou pouca água, pagava-se o mesmo. No entretanto as coisas mudaram, mas quem quis manter este sistema pôde. Nas novas casas e para quem livremente mudou para o sistema de contador, já não se pode voltar a usar este sistema de pagamento da água. No nosso caso, temos uma casa sem contador e, depois de reflectirmos um pouco, pensamos que não valeria a pena mudar o sistema (a senhoria não tinha objecções à mudança).

Quanto à companhia de electricidade e gás…meia dúzia de chamadas e mais de meia hora de chamadas para o call centre (a pagar, pois claro!) não chegaram ainda para resolver os problemas! Os antigos inquilinos da casa tinham as contas em nome do “ocupante”: ou seja, não em nome de ninguém em específico. Mas isso não é um problema de maior: o grande problema é que eles deviam (e muito) à companhia e chegámos a receber cartas a ameaçar o corte de serviço e a instalação de um contador pré-pago (tipo cartão de telemóvel)! Para além de cobrança judicial, evidentemente. Esta parte foi ultrapassada com o nosso envio de documentação a provar a nossa entrada na casa e com a abertura de uma ficha em nosso nome (ensinamento do dia: fujam sempre de contas em nome de “The Occupier”!! Criem sempre o vosso próprio registo!). Contudo, um novo problema apareceu (e ainda não desapareceu!): deu-lhes para cismar que temos um contador bi-horário (isto é, com duas leituras). Pois, mas definitivamente não é! E enquanto esta situação se mantiver quem é prejudicado somos nós pois a tarifa bi-horária não nos é nada vantajosa aqui. Já me cansei de ligar para lá, mandei um email de reclamação, mas nada até agora. Próximos capítulos em breve…

A Internet e o telemóvel não nos trouxeram quaisquer problemas até ao momento. De notar que, para se ter boas tarifas em ambos os serviços, é regra geral necessária a fidelização por um mínimo de doze meses, tempo que para nós é um (grande) ponto de interrogação…

Outro passo essencial para quem se muda para um novo país por um período minimamente razoável é a abertura de uma conta bancária nesse país. E, para não variar, mais complicações! Tínhamos visto aqui que abrir uma conta não seria tarefa fácil, mas que no HSBC era bastante provável conseguir. Lá fomos, levámos toda a papelada, tudo corria muito bem até que…o “sistema” recusou-se a abrir-nos a conta! Nem a mim sozinho, nem à Joana, de forma nenhuma! A senhora bem nos perguntou se alguma vez tínhamos aberto conta cá, se tínhamos alguma vez falhado a mensalidade de alguma coisa, por exemplo… é que simplesmente o “sistema” deu-nos uma nega... e temos uma carta a dizê-lo textualmente, vai ficar no nosso "relicário" pessoal! Nunca nos tínhamos sentido tão junk (lixo), tão... PIIGS! Não temos rating suficiente para abrir uma conta no HSBC, mesmo sem qualquer histórico no país. A solução foi então tentar outro banco. Foi-nos sugerido um mais “internacional” e fomos então ao Santander. Lá o atendimento foi muito sofrível (incomparavelmente pior que o HSBC) mas lá conseguimos abrir uma conta! Mas nitidamente foi à rasquinha…e apenas uma conta de estudante internacional (ou seja, só em meu nome), o que significa que temos de pagar 5 libras mensais nos primeiros doze meses de comissões, por não termos histórico bancário no Reino Unido. É o “noviciado”… No caso da Joana, nesta fase só se pôde candidatar a uma conta de serviços mínimos bancários, em que só se pode fazer depósitos e levantar dinheiro no multibanco. Mais nada, nem usar o cartão no supermercado para comprar o pão! 

Para terminar a saga das contas (para já, quem sabe se não voltamos assunto!), falta falar do imposto municipal (Council Tax). Este imposto é o equivalente ao IMI em Portugal, e serve para financiar o tratamento dos jardins, a recolha de lixo, a polícia, etc. Eu já sabia por experiência própria que, enquanto estudante a tempo inteiro, estaria isento do pagamento deste imposto. O que pensava é que a Joana também estaria. Mas não está, infelizmente. Contudo, existe um desconto de 25% para pessoas que moram “sozinhas” (visto eu não contar para a contabilização do imposto) e desta forma o custo é mais leve. Este imposto, tal como no caso da água, é baseado na avaliação que o conselho municipal faz da habitação.

Outras burocracias obrigatórias para quem chega de novo ao país são:
- arranjar um número de Segurança Social (National Insurance Number), através de um call centre do centro de emprego (Job Centre), quando se começar a trabalhar;
- obter um registo criminal (isto é facultativo, depende da profissão), que pode demorar 2 a 4 semanas a chegar. Este registo é pedido pelo empregador (mas pago pelo candidato!) no período de selecção para um novo emprego que lida directamente com o público (por exemplo, nos ramos da saúde e educação). 

Existem certamente outras burocracias (e chatices) neste período de estabelecimento numa nova realidade. Quando passarmos por elas, partilharemos a experiência!
 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O primeiro passo: a nova casa (2)


Ter a chave na mão foi apenas um passo intermédio e não o fim dos trabalhos! O tão ansiado momento de abrir a porta da NOSSA casa pela primeira vez foi…uma pequena desilusão! A casa estava muito mais despida do que poderíamos imaginar! Sim, estava lá tudo o que tínhamos "contratado” (por ex., os grandes electrodomésticos, armários, cómodas), mas o que saltou à vista de imediato foi o que a casa não tinha! Não tinha nem sequer um talher, um prato, um simples balde do lixo na casa de banho, um edredão,… nada! Para já não falar de uma mesa de jantar (as mesas de café que fazem conjunto com o sofá revelaram-se muito pouco funcionais para o efeito). A nossa senhoria entrou connosco em casa, mostrou-nos como tudo funcionava e providenciou-nos o inventário, para nossa consideração. Isto é um pormenor muito importante para o qual tínhamo-nos esquecido de alertar na mensagem anterior sobre a casa: fotografem a casa no dia em que entrarem e exijam o inventário (incluindo contagens de electricidade, gás e água), para o caso de uma qualquer disputa futura! O inventário deve ser assinado por vós e o senhorio.

A solução para o problema da casa vazia é, regra geral, fácil: compra-se tudo! Mas o que em Portugal se faria com menor sacrifício (com carro e com ajuda, se necessário), fez-se aqui com maior sacrifício (sem carro e com alguma ajuda). 

imagem retirada de: http://www.transportesmudancas.com/wp-content/uploads/2010/05/mudar-de-residencia.jpg

Foram várias viagens de autocarro e a pé (quando estamos carregados a estação de autocarro parece tão longe…) para comprar o que se compraria em uma ou duas idas às compras “em condições”. Lojas? IKEA, pois claro, mas também Morrisons, Home Bargains e Sainburys. Com a agravante de ao comprar “às pingas” as taxas de utilização dos nossos cartões no estrangeiro doerem ainda mais (dado que ainda não tínhamos conta bancária e cartão de débito daqui, mas esse assunto fica para outro dia!). Agora as coisas já estão praticamente a 100% (dentro do possível) e já estamos (quase) prontos a receber visitas! 

É bom sentirmo-nos em casa! Muitos de vocês perguntam-nos: “Mas vocês compraram só o mínimo indispensável, certo?”. A resposta é “Sim e não”. Sim, compramos o mínimo que uma casa precisa de ter mas também compramos mais que isso... ainda é um tempo considerável de estadia, portanto vale a pena investir um pouco no conforto! E quem sabe se no fim estas coisas que compramos não se poderão tornar um “enxoval de viagem”? Embaladinhas, prontas a seguir viagem para um outro porto de abrigo…

Para finalizar, acima falei que tivemos “alguma ajuda”, não em “nenhuma ajuda”. E porquê? Porque o nosso grande amigo grego ajudou-nos a trazer para casa uma mesa de jantar e respectivas cadeiras, pois ele tem carro. Mais uma vez, um obrigado muito grande para ele!

Num dos próximos dias vamos abordar outra questão importante da mudança: as contas e as burocracias! Não deixem de passar por cá e COMENTAR, se fazem favor!
 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Finalmente chegaram as nossas encomendas!!

Finalmente, chegaram as nossas encomendas!!


Faz hoje precisamente uma semana que o Tozé (um dos irmãos do Zé) despachou as nossas encomendas através dos CTT e só hoje, 7 dias depois, é que elas chegaram. Isto é, uma delas (esta que aparece aqui na imagem do lado esquerdo) chegou ontem, mas a que tinha a nossa roupa de cama e roupa mais quente (a mais urgente, portanto!) só hoje chegou.

Ontem eram cerca das 10h15m quanto tocaram à porta. Fui abrir e de dentro de um camião saltou um senhor com "ar de poucos amigos" a perguntar "é aqui que mora o sr. José Barros?", ao que respondi "é, sim sr. Pediu para assinar numa maquineta digitar qualquer e pronto quase me atirou com o caixote para cima. Disse-lhe que estavam à espera de outra encomenda e se não a tinha trazido também. Respondeu-me que não sabia de nada e que talvez viessa amanhã. Uma simpatia não hajam dúvidas!!

Hoje, o mesmo senhor mas um pouco mais tarde (cerca das 11h) bateu à porta. Vinha com o mesmo ar simpático de ontem (LOL) mas eu depressa o desarmei, dizendo-lhe "este caixote é mais pesado, portanto pode deixar aqui mesmo na entrada que eu depois puxo-o para casa". Ele assim fez. Nova assinatura na máquina digital e depois lá me perguntou "as encomendas vêem de Portugal, não é?" e eu "é, nós somos portugueses e viemos para cá trabalhar". No fim lá foi à sua vida e ainda nos desejou boa sorte :) Afinal, água mole em pedra dura tanto bate até que fura ehehe

Obrigada, Tozé porque de hoje em diante vamos dormir bem mais quentinhos!! Ai que saudades da minha almofada... mas hoje já as mato! ;)

Daremos mais notícias em breve!

Bjinhos mt grds e sabem que estão sempre no nosso coração
 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O primeiro passo: a nova casa (1)


Agora que as coisas estão mais calmas por aqui está na hora de dar nova vida a este espaço! Reparem nos links laterais para as redes sociais: O Meu Lado Solar está no Google + e no Twitter! Juntem-se a nós!

Já tinha falado sobre as casas em Cardiff aqui, mas na altura o processo foi relativamente simples, pois o que pretendia era uma casa partilhada com estudantes. Para isso, a Cardiff University providencia contactos de senhorios (landlords) e é só ligar directamente e ver as casas. Tipicamente estas estão bem equipadas (incluindo todo o tipo de electrodomésticos) e as contas estão em nome do senhorio, que as faz reflectir no valor da renda. Pois bem, mas desta vez as coisas eram diferentes…

O que pretendíamos era um “apartamento” só para nós (chega de partilhar, como tinha prenunciado aqui)! E pensávamos nós que não seria muito difícil e que quatro dias num hotel chegariam para escolher uma casa e ir morar para ela… nahhh resposta errada, como demonstrou a prática!

Quando chegamos a Cardiff, trazíamos uma lista pequena de casas a ver que tínhamos visto nestes sites (que recomendamos!): o Rightmove e o FindAProperty. Aqui começam as diferenças: 99% das casas aqui apresentadas são representadas por agências imobiliárias (são às dezenas, senão centenas só em Cardiff!! Existem mais de 18000 no Reino Unido inteiro!). É um mercado sem paralelo em Portugal (pelo menos até à nova lei das rendas). Contactamos as agências e o quadro desde logo não foi muito animador: ou as casas já estavam arrendadas e o anúncio estava desactualizado, ou os pré-requisitos pedidos eram incomportáveis (do estilo, “têm de pagar 6 meses de renda em avanço visto não trabalharmos normalmente com estudantes” ou “têm algum fiador (!!) que tenha residência própria no Reino Unido? Se sim, óptimo, se não têm de pagar £1000 mais o depósito mais uma renda em avanço”). Para já não falar nas comissões que elas cobram após manifestarmos o nosso efectivo interesse. Adiante! Então fomos deixados apenas com uma opção no primeiro dia, mas que até era interessante! Porém, não podíamos tomar uma decisão apenas com uma visita! Assim, colocamo-nos em campo para novas opções e andamos literalmente de um lado ao outro da cidade a ver casas nos dois dias seguintes!

E há de tudo, como na farmácia: casas limpas, sujas, frias, húmidas, barulhentas, em que tínhamos de partilhar electrodomésticos (por ex., a máquina de lavar!) e algumas boas, claro! Contudo, a altura do ano não era famosa para ver casas: a maioria das melhores casas está ocupada nesta altura do ano (até ao fim do ano escolar, entre Junho e Julho) e o nosso limite de renda era razoável mas limitava um pouco a escolha nesta altura do ano. Mas quando entramos na nossa futura casinha, ficamos logo com a sensação “Vai ser esta”! E assim foi! No fim do dia de Terça-feira corremos até à agência para "reservar" a casa (para a retirar do “mercado”). E, pensamos nós, está feito! Errado! Foi-nos dito que só poderíamos entrar na nova casa na Segunda-feira seguinte (6 dias depois!). E porquê? Porque precisavam de fazer o nosso processo de referenciação: consultar e validar o nosso balanço bancário dos últimos três meses, contactar o meu antigo senhorio para ver se éramos de confiança, telefonar ao meu supervisor na Cardiff University, verificar o recibo dos meus pagamentos da Fundação para a Ciência e Tecnologia (mesmo estando em Português) entre outras eventuais verificações que nos ultrapassaram. Pois, e então as 4 noites de hotel derraparam para 7, com tudo o que isso acarreta. E só não derraparam para 9 porque um santo de um colega meu da universidade nos cedeu a casa dele nas últimas duas noites. Não há palavras para agradecer este gesto e tudo o mais que ele e a namorada têm feito por nós! Por fim, na Segunda-feira dia 6 de Fevereiro assinamos o contrato de arrendamento (depois de o ler durante uma hora e mesmo assim termos ficado com a sensação que só faltava lá dizer que abdicávamos da nossa alma em favor do senhorio)! Mas a história não fica por aqui… na verdade ainda mal começou! Esperem pelas próximas novidades!

Em suma, o processo (genérico e sumarizado) que recomendamos para a escolha de uma casa para arrendar no Reino Unido é:
  1. Contactar alguém local que vos possa dar uma noção geral de como são as zonas residências (se são seguras, calmas, etc.), se conhecem alguma boa agência (pois algumas são bastante manhosas, segundo nos disseram), entre outras perguntas que achem pertinentes.
  2. Consultar o Rightmove ou o FindAProperty e encontrar uma lista (exigente) de casas a visitar, conforme as vossas necessidades e possibilidades. Notem que os valores apresentados geralmente apenas se referem à renda, não incluem contas. Normalmente a oferta é muita, portanto procurem com calma e critério. Há muitas casas que se dizem totalmente mobiladas/equipadas (fully furnished), mas isso é um chavão muito relativo...
  3. No processo de visitas, perguntem tudo e desconfiem de promessas (por ex., “isto está partido mas vai ser arranjado”). Perguntem o que está incluído na mobília da casa, se alguma conta está incluída, se a casa é gerida pela agência ou pelo senhorio (para no caso de algo se avariar quem contactar), que tipo de aquecimento existe (se é a gás ou electricidade), se é possível redecorar as paredes (por ex., pendurar quadros, fotos) e alterar a disposição do mobiliário, se o jardim é de uso comum, … Perguntem ainda como será efectuado o pagamento da renda (por ex., se é por transferência bancária directamente para o senhorio) e como poderão “reservar” a casa se estiverem interessados. Aqui é que entram as comissões das agências (agency fees), estejam atentos pois estas variam de agência para agência.
  4. Se gostaram de alguma casa, façam o depósito e preparem-se para a “dor” da espera causada pelo processo de referenciação que descrevi. Ter histórico de arrendamento no Reino Unido naturalmente ajuda. Se tudo correr bem, em 3 a 5 dias úteis estarão a assinar o contrato de arrendamento (leiam-no muito bem e não assinem nada que não percebem ou com o qual tenham objecções!)
E depois a saga continua… estejam atentos
 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

De volta...rumo ao futuro!

Aqui estou de volta a Cardiff, após quase dois anos! E desta vez não vim sozinho! :) Como podem ver, temos uma nova colaboradora neste pequeno espaço!

Este Lado continua mais Solar que nunca e está agora de olhos postos no futuro!

Gostaríamos que este espaço fosse uma ponte que nos une a vós, que estão sempre presentes connosco!

Mais, ambicionamos poder dar um cheirinho de uma realidade diferente da nossa, bem como dar testemunho das NOSSAS experiências e vivências, para que outros possam seguir os nossos passos com mais certezas!

Introduzimos botões de partilha em algumas redes sociais para que possamos estar mais ligados ainda! Para os mais "preguiçosos", podem ainda colocar o vosso e-mail no canto superior direito (Siga-nos por e-mail) e receberão as novidades!

Bem-vindos de novo a'O MEU LADO SOLAR!


"...não me abras assim o teu mundo, o teu LADO SOLAR só dura um segundo..." (R. Veloso/C. Tê)