Ter a chave na mão foi apenas um passo intermédio e não o
fim dos trabalhos! O tão ansiado momento de abrir a porta da NOSSA casa pela
primeira vez foi…uma pequena desilusão! A casa estava muito mais despida do que
poderíamos imaginar! Sim, estava lá tudo o que tínhamos "contratado” (por
ex., os grandes electrodomésticos, armários, cómodas), mas o que saltou à vista
de imediato foi o que a casa não tinha! Não tinha nem sequer um talher, um
prato, um simples balde do lixo na casa de banho, um edredão,… nada! Para já
não falar de uma mesa de jantar (as mesas de café que fazem conjunto com o sofá
revelaram-se muito pouco funcionais para o efeito). A nossa senhoria entrou
connosco em casa, mostrou-nos como tudo funcionava e providenciou-nos o
inventário, para nossa consideração. Isto é um pormenor muito importante para o
qual tínhamo-nos esquecido de alertar na mensagem anterior sobre a casa:
fotografem a casa no dia em que entrarem e exijam o inventário (incluindo
contagens de electricidade, gás e água), para o caso de uma qualquer disputa
futura! O inventário deve ser assinado por vós e o senhorio.
A solução para o problema da casa vazia é, regra geral,
fácil: compra-se tudo! Mas o que em Portugal se faria com menor sacrifício (com
carro e com ajuda, se necessário), fez-se aqui com maior sacrifício (sem carro
e com alguma ajuda).
imagem retirada de: http://www.transportesmudancas.com/wp-content/uploads/2010/05/mudar-de-residencia.jpg
Foram várias viagens de autocarro e a pé (quando estamos
carregados a estação de autocarro parece tão longe…) para comprar o que se
compraria em uma ou duas idas às compras “em condições”. Lojas? IKEA, pois claro, mas também Morrisons,
Home Bargains e Sainburys.
Com a agravante de ao comprar “às pingas” as taxas de utilização dos nossos
cartões no estrangeiro doerem ainda mais (dado que ainda não tínhamos conta
bancária e cartão de débito daqui, mas esse assunto fica para outro dia!).
Agora as coisas já estão praticamente a 100% (dentro do possível) e já estamos
(quase) prontos a receber visitas!
É bom sentirmo-nos em casa! Muitos de vocês perguntam-nos: “Mas
vocês compraram só o mínimo indispensável, certo?”. A resposta é “Sim e não”. Sim,
compramos o mínimo que uma casa precisa de ter mas também compramos mais que
isso... ainda é um tempo considerável de estadia, portanto vale a pena investir
um pouco no conforto! E quem sabe se no fim estas coisas que compramos não se
poderão tornar um “enxoval de viagem”? Embaladinhas, prontas a seguir viagem para
um outro porto de abrigo…
Para finalizar, acima falei que tivemos “alguma ajuda”, não
em “nenhuma ajuda”. E porquê? Porque o nosso grande amigo grego ajudou-nos a
trazer para casa uma mesa de jantar e respectivas cadeiras, pois ele tem carro.
Mais uma vez, um obrigado muito grande para ele!
Num dos próximos dias vamos abordar outra questão importante
da mudança: as contas e as burocracias! Não deixem de passar por cá e COMENTAR,
se fazem favor!
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