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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Nottingham e a floresta de Sherhood

Quando pensamos em Nottingham pensamos imediatamente no Robin dos Bosques e no inefável xerife. A floresta de Sherwood preencheu a imaginação de muitas gerações e, hoje em dia, mantém ainda bem viva a lenda.

A estátua de Robin Hood, junto ao Castelo de Nottingham

Vivendo a 120 km de Nottingham, era uma questão de tempo e oportunidade até lá irmos. Nottingham está situado bem no coração de Inglaterra, nas chamadas Midlands (Terras Médias). É uma cidade de média dimensão, semelhante a tantas outras por aqui, no meio de uma imensa planície verde.

Uma diferença interessante é a existência de metro de superfície (tram). É muito raro encontrar uma cidade com tram no Reino Unido, sendo que das grandes cidades apenas Birmingham, Nottingham, Manchester e Sheffield o têm.

O tram a passar na Antiga Praça do Mercado (Old Market Square) (fonte: railway-technology.com)
Em termos de transportes (e mobilidade em geral), Nottingham está mesmo no topo. A oferta de transporte público e as facilidades de "park-and-ride" (bastante económico e frequente) são difíceis de bater em Inglaterra (pela nossa experiência!).

As atracções principais do centro da cidade são o complexo do Castelo (e, adjacente, a icónica estátua de Robin dos Bosques que mostramos acima) e a Antiga Praça do Mercado (Old Market Square).

Parte da muralha do Castelo de Nottingham

A entrada principal do Castelo
A Antiga Praça do Mercado (Old Market Square)

A arquitectura é predominantemente tradicional, mas uma zona da cidade está a expandir-se com arquitectura bastante vanguardista.

O parque da Ciência de Nottingham, em plena expansão (fonte: nottinghamsciencepark.co.uk)
O museu de Arte Contemporânea (Nottingham Contemporary) (fonte: http://worldeventyoungartists.com)
É uma cidade universitária e, portanto, cheia de juventude e frenesim. Parece ser uma excelente cidade para viver e trabalhar, ainda que esteja longe de deslumbrar (por comparação com Cambridge e Cardiff, por exemplo).

Não tivemos a oportunidade para ir à floresta de Sherwood pois ela não é propriamente perto da cidade de Nottingham. Na verdade, é 35 km a Norte (mas ainda no condado de Nottingham - Nottinghamshire). Certamente valerá a pena, pois é uma Royal Forest carregadinha de história. Para além da lenda de Robin dos Bosques, a floresta tem como ícone um carvalho com cerca de 1000 anos e 23 toneladas (!): o Major Oak. Fica para breve, quem sabe!

O Major Oak (fonte: Wikipedia)

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Norwich ou a "Cambridge" dos pobres

A cidade de Norwich, situada a 100 km a leste de March, é o centro administrativo do condado de Norfolk. Foi em tempos a maior cidade a seguir a Londres e uma das mais importantes de todo o Reino Unido. Actualmente, com cerca de 132 mil habitantes (de acordo com o censos de 2011), é a sede da University of East Anglia e alberga um dos mais antigos e maiores mercados em espaço aberto.

É bem visível em vários pontos da cidade a forte presença do povo Normando, principalmente no seu castelo branco e na imponente catedral.

Castelo de Norwich - à noite
Catedral de Norwich - perspectiva do interior
O seu mercado municipal, frente ao Town Hall e ao edifício da BBC, faz lembrar as casas da Costa Nova, em Aveiro (que saudades...). Mas as semelhanças acabam quando mergulhamos no seu interior e somos invadidos por um intenso cheiro a caril, jacket potatoes e afins (pena, muita pena que os cheiros não sejam os mesmos!). Ainda assim merece uma visita mais demorada, especialmente para quem gostar de roupa "vintage". 
 

Mercado de Norwich - Um dos mais antigos e maiores mercados abertos do Reino Unido

Mas por que lhe chamamos "Cambridge dos pobres"? Onde estão as semelhanças com Cambridge? Na verdade são bastantes: o mercado em espaço aberto e bastante tradicional, a presença de uma Universidade distinta, a arquitectura, o verde, a própria paisagem junto ao rio. Ah, e as viagens de "punting" ("gondoleiros"), que também são uma realidade em Norwich!

Vista sobre o rio com a catedral de Norwich ao fundo

Se tem tudo isto, porquê "Cambridge dos pobres"? Porque grandiosidade e magia de Cambridge falta aqui (pelo menos, segundo a nossa opinião). Contudo, é uma cidade bem simpática e pitoresca que vale bem a pena visitar!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Carnaval oficial

Se pensam que não se celebra Carnaval no Reino Unido, até são capazes de ter razão...até certo ponto! Não se celebra em Fevereiro/Março, celebra-se em Outubro! (isto esquecendo o Carnaval de Notting Hill, em Londres, que ocorre todas as últimas Segundas-feiras de Agosto).

Mas que Carnaval é este? Pois bem, é o Halloween! (ou dia das bruxas, como preferirem)


O Halloween no Castelo de Cardiff em 2011 (fonte: www.walesonline.co.uk)

Desde o dia em que voltamos (12 de Setembro!) que já vemos a maior parte das lojas habituais com material alusivo ao dia. Bem, semanas passadas, estão ruas de lojas pejadas com tudo e mais alguma coisa para o Halloween! Tudo o que é bicho-careta tem vestidos, adereços (do tipo sangue falso, braços amputados, ...) e todo o tipo de bugigangas, do embaraçoso ao piroso!

Lamentavelmente, esta é a única altura do ano em que se vêem abóboras! Bem as procuramos em todos os cantos e esquinas durante todo o tempo que cá estamos para fazermos sopa, mas só por esta altura é que elas aparecem no supermercado... :( e parece-nos um pouco arriscado comprá-las para comer, sabe-se lá o que está lá dentro...

É natural que a expressão deste evento seja muito maior aqui do que em Portugal, dadas as suas remotas origens anglo-saxónicas. Para terem noção, por estes lados, maior que esta febre talvez só o Natal. Nem na Páscoa nem noutro dia festivo (excluindo o Jubileu da Rainha e os Olímpicos, claro está) vimos tamanha antecipação! Como será então nos Estados Unidos...

É certo que temos o Carnaval semanal na St. Mary Street e ruas adjacentes, mas este promete! Vamos tentar fazer mais uma mini-reportagem fotográfica, para depois vos mostrar aqui como é o Halloween britânico. 

Certo, certo é que no dia 1 de Novembro será "rei morto, rei posto". Muito rapidamente entraremos em "modo Natal", seguramente. Mas isso é depois e cá estaremos para contar como é!
 

terça-feira, 31 de julho de 2012

Finalmente tivemos visitas!

É verdade que demorou bastante até alguém se decidir a visitar-nos, mas esse momento chegou e ficamos muito contentes! 

Foi por altura do meu aniversário que tivemos cá o meu mano. Apesar do tempo não ter estado propriamente agradável para passear (como podem comprovar pelas fotos que se seguem), tentamos tirar o melhor partido dos dias (apesar de nem sempre ter sido possível...). 

Também aproveitamos a oportunidade e fomos conhecer um castelo medieval que fica nos arredores de Cardiff: o Caerphilly Castle. Este castelo data do século XIII e tem a particularidade de estar localizado bem no centro de um lago.

O Caerphilly Castle
Pormenor do interior do Caerphilly Castle
O tempo esteve particularmente desagradável nesse dia, mas achamos que este castelo fica em muito a dever ao Castelo de Cardiff e ao Castelo Vermelho (Castell Coch). Ainda assim merece uma visita pela paisagem invulgar mas alerto que as 4 libras que cobram para visitar o castelo por dentro são um exagero! Por fora acaba por se ter a ideia geral do castelo, esqueçam o interior (e guardem as libras para os pints).

Claro que visitamos a maior parte das atracções que não se podem perder ao visitar Cardiff, mas dessas já vos fomos falando no blogue.

Esperamos que, depois disto, mais gente fique com vontade de nos visitar e descobrir connosco os encantos do País de Gales! Contamos ter mais novidades sobre esses encantos em breve!!

A nossa casa é como o nosso coração: pode não ser muito grande, mas cabem cá todos! Portanto, apareçam!

Mas, entretanto, vamos descobrir brevemente quanto sentiram a nossa falta pois daqui a 19 dias (podem confirmar no calendário!) estamos aí! 
 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Todos a votar no Bute Park!!

Hoje estamos a escrever para vos pedir para votarem no "nosso" Bute Park num concurso. O Bute Park fica juntinho ao Castelo de Cardiff e já falamos dele no blog algumas vezes. É o maior parque da cidade e é lindíssimo!

O Bute Park (fonte: Wikipedia)
O Bute Park está em restauro e renovação e está neste momento na semi-final dos prémios da Lotaria Britânica para "Melhor Projecto de Restauro de Património". Para passar à final, que vai ser transmitida na BBC 1, precisa de todos os votos que possa conseguir! E é tão fácil votar: basta clicar neste link e fornecer um e-mail ou a conta do Facebook. E está feito!

Vale a pena pois a causa é muito boa e assim, quando vierem a Cardiff, vão ver como ajudaram um parque tão lindo a ser ainda melhor! Façam-no pelo Bute Park, por Cardiff e por nós, afinal esta agora também é a nossa cidade!
 

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Museu de St. Fagans: muito especial e tão pertinho de casa

O Museu de St. Fagans leva-nos a viajar desde os tempos célticos até à época moderna. Desde que abriu as suas portas em 1948, que é a atracção mais visitada em todo o País de Gales. Isto não é exagero e nós vamos aqui demonstrar porquê!

Este Museu, localizado numa pequena aldeia a oeste de Cardiff, iniciou-se quando uma família abastada cedeu o seu palacete de raiz Normanda à cidade e, a partir daí, foram sendo transplantadas de todo o país uma enorme quantidade de edifícios (desde habitações, casas de convívio, lojas várias, escolas, monumentos e até uma portagem!), que retratam todos os aspectos da vida do povo de Gales.

Este Museu tem a particularidade de ser ao ar livre, o que é muito agradável. No entanto, tendo em conta o "Verão" que se faz sentir por estes lados, a sua visita teve de ir sendo adiada e repartida no tempo (fomos lá em duas tardes para vermos tudo com calma).

Deixamos aqui um "cheirinho" da nossa visita a este museu, sem sombra de dúvida, o nosso preferido!


Como podem ver, o espaço é bastante amplo e diversificado, retratando vários períodos/épocas da história do povo galês. É perfeitamente aconselhável a famílias com crianças (é bastante interactivo) e a todo o público em geral. Ah, está acessível a qualquer pessoa, porque a entrada é gratuita e está aberto todos os dias do ano das 10h às 17h (excepto Natal, Ano Novo e feriados da Páscoa).

Por isso, se estiverem pelo País de Gales, não deixem de visitar este museu porque é bem diferente do que estamos habituados a ver!

sábado, 30 de junho de 2012

Tafwyl: a celebração da língua galesa

Por ocasião da Tafwyl, a celebração anual da língua galesa em Cardiff, voltamos a um tema já abordado aqui: o galês.

O galês, a língua própria do País de Gales, quer estar de novo na moda e sem dúvida está em crescimento! Isto deve-se em grande parte a políticas implementadas nas últimas décadas, tais como a obrigatoriedade do ensino do galês (ou mesmo do ensino EM galês em muitas escolas) até ao 12º ano! A vontade em preservar e, mais ainda, fazer crescer a língua da "terra dos meus pais" (como é intitulado o hino nacional de Gales) em Cardiff manifesta-se no evento anual Tafwyl, integrado este ano pela primeira vez no Festival de Cardiff (mais pormenores sobre este festival nas próximas semanas!).

Desde 2005 que este evento de uma semana é organizado em Cardiff, cidade onde o inglês sempre foi predominante. O ponto alto é uma feira que, dado o seu forte crescimento, decorreu pela primeira vez nos jardins do castelo de Cardiff.

Ao contrário do Joust!, de que falamos há poucos dias, a vertente comercial existia mas não predominava. Abundavam as actividades lúdicas para miúdos mas também demonstrações culinárias para graúdos, pequenos cursos introdutórios de galês, sessões literárias e de autógrafos, teatro de rua, dois espaços musicais com artistas galeses entre muitos outros pontos de interesse.

6. Prysurdeb Maes Tafwyl, Caerdydd 2012

5. Castell Caerdydd, Tafwyl, 2012

4. Colorama - Tafwyl, Caerdydd, 2012
Fotos retiradas do Flickr de Rhisiart Hincks
O evento estava bem organizado e o espaço foi muito bem escolhido! O "problema" para nós foi... a língua oficial do evento! Até nos bares se comunicava com os funcionários em galês! O lema do evento era "Inglês não entra" (a não ser para não britânicos, como nós, naturalmente). É um pouco estranho mas até é divertido, até porque estamos habituados a ver a maior parte daquelas pessoas falar inglês como nativos no dia-a-dia e, de repente, passam a falar uma língua estranhíssima e aparentemente incompreensível!

Se querem mais alguns exemplos, vejam esta estação de comboios no norte de Gales.

A parte a branco da placa diz-nos como deve ser lido... (fonte: Wikipedia)
E uma ajudinha para a pronúncia da mesma estação, caso precisem!


Ajudou? ;) Este é um caso extremo, é certo, mas só existe porque a língua o permite!

Para quem estiver à vontade com o inglês, recomendamos este vídeo de um rapaz a mostrar como é engraçada esta ambivalência inglês/galês!


sexta-feira, 22 de junho de 2012

O regresso ao tempo medieval em Cardiff!

O Joust!, que decorreu no passado fim-de-semana, é um evento anual organizado pelo Castelo de Cardiff que celebra os tempos medievais.

O Joust! 2012 em Cardiff
Muito ao jeito das feiras medievais que se multiplicaram como cogumelos por esse Portugal fora, aqui também há torneios de cavalo, lutas de cavaleiros, ferreiros, cirurgiões (carniceiros é a palavra mais adequada), sapateiros, contadores de estórias e, como não podia deixar de ser, porco no espeto!

Esta feira não tem, no entanto, a mesma vertente comercial das feiras portuguesas (não havia barraquinhas de venda de bijuteria, artesanato nem mesmo de comida, para além do porco no espeto e do bar fixo do castelo). O forte deste evento é mesmo a multiplicidade de eventos que são proporcionados ao longo do dia no jardim central do castelo e a possibilidade de interacção com os "artistas" medievais. Neste particular, o barbeiro que se tornou cirurgião foi particularmente incansável, sempre pronto a demonstrar (com muito humor à mistura) a sua arte e os seus métodos e utensílios.


Para quem, como nós, já foi a várias (e boas) feiras medievais, esta deixa um pouco a desejar. Este evento está demasiado talhado para as crianças, logo, para famílias com filhos, o que nos deixou com pouco para fazer em algumas partes do dia. Ainda assim, é sem dúvida uma excelente opção para um dia fora (desde que o tempo ajude!), pois o local dificilmente poderia ser mais genuíno e é sempre divertido estar envolvido num ambiente bem diferente do nosso quotidiano!
 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Castell Coch: o Castelo Vermelho

Como prometido, aqui vai mais uma pequena foto-reportagem sobre uma atracção de Cardiff!
O Castell Coch (nome galês, Red Castle em inglês, Castelo Vermelho em Português) é um dos ex libris de Cardiff, situado bem no extremo norte da cidade.

O Castell Coch
Este belo castelo é uma reconstrução revivalista de tempos medievais, assim como o Castelo de Cardiff. O que não é de admirar, pois o arquitecto e o proprietário dos edifícios era o mesmo: William Burges, o arquitecto, e Lord Bute, o proprietário. Estes dois viveram na época dourada do carvão de Gales, durante o século XIX, o que lhes permitiu o luxo de reconstruir este castelo a partir de ruínas do século XIII!

Vista do pátio do castelo

A partir de esboços de como teria sido este edifício até ter sido parcialmente destruído numa batalha daqueles períodos nebulosos da Idade Média, o Lord Bute (alegadamente o homem mais rico do Mundo do seu tempo, devido ao carvão) contratou o seu amigo Burges para reconstruirem o castelo num estilo “Neo-gótico” (ou gótico revivalista), dado o fascínio de ambos por aquela época.

A decoração das salas e dos quartos tem referências a diversos motivos, desde religiosos (cristãos), mitológicos, orientais e até de cultura popular (como as fábulas de Esopo)!

Uma porta com motivos campestres, numa sala forrada com diversas pinturas de animais
A cozinha
O quarto do Lorde Bute



O quarto da Lady Bute
O lavatório do quarto da Lady Bute

A Lareira dos Três Destinos
De tudo isto, vou apenas destacar a chamada Lareira dos Três Destinos (o resto tem de cá vir ver! ;) ). Os Três Destinos na mitologia grega determinam o rumo a que cada um está irremediavelmente designado, por meio de uma alegoria: três irmãs fabricam, tecem e cortam o “fio da vida”. À esquerda, a deusa Cloto tece o fio a partir do novelo (o nascimento); a meio, a deusa Láquesis puxa e enrola o fio (atribui o “destino”, aquilo que cada um irá obter em vida, a que não se pode fugir); à direita, a deusa Átropos corta o fio (a morte). Reparem nas imagens que estão abaixo das deusas, correspondem a cada um destes estágios da vida.

Vista a partir do Castell Coch, com o centro de Cardiff bem ao fundo

Este castelo tornar-se-ia na espécie de “casa de campo” da família Bute e continuou na sua posse até 1950, quando foi oferecido à cidade de Cardiff conjuntamente com o Castelo de Cardiff. Estas duas atracções em conjunto complementam-se e fazem certamente parte do roteiro obrigatório de uma visita a Cardiff! Querem vir cá ver e comprovar com os vossos olhos?

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Castelo de Cardiff

O Castelo de Cardiff é, quiçá, o mais emblemático cartão de visita da cidade.

 



 











Vista aérea do Castelo de Cardiff, com o Bute Park no canto superior direito (imagem retirada de http://www.cardiffconferencebureau.com/Ambassador-Programme.html)

Erguido bem no actual Centro Histórico e Cívico da cidade, as suas origens remontam aos Romanos (!!). Ou seja, algures pelo século I d.C.. Desses tempos ainda subsistem as marcas da muralha exterior.



















Alçado principal do Castelo. Notar a parte recortada a vermelho da muralha: é o que resta da antiga muralha Romana

Desde então muita coisa se alterou no Castelo, como calculam. Na verdade, ele mudou diversas vezes de mãos, o que o torna, a meu ver, tão especial. Nele co-habitam diversas épocas, estilos arquitectónicos, memórias de tempos idos...que hoje reunem-se num conjunto tão invulgar quanto aprazível.



























O "último reduto": símbolo da presença Normanda (século XI)

A marca final do Castelo está indelevelmente ligada à família burguesa Bute, que entre os inícios do século XIX e meados do século XX reformulou completamente a arquitectura da Mansão para uma estrutura Gótica-Victoriana, tão em voga na época (devido à Rainha Victoria). 





















A Mansão, com a sua arquitectura Gótica-Victoriana (reformulação finalizada no Século XIX)



























O magnifico tecto banhado a ouro do Salão Árabe (Mansão)



























A Biblioteca, pormenor do fogão de sala (Mansão)

Se bem se lembram, eu tinha dito que o Bute Park estava limitado a Sul pelo Castelo de Cardiff. Para ser mais preciso, o Bute Park era um "jardim" privativo do Castelo! Digo era, pois já não é... um pouco após a Segunda Guerra Mundial, em 1947, o herdeiro Bute da altura doou o Castelo, bem como o Parque, à cidade de Cardiff. Desta forma, todos os cidadãos de Cardiff, por intermédio do governo da cidade, são "donos" do Castelo. Por isso, todos os habitantes e pessoas que trabalhem em Cardiff podem entrar gratuitamente e indiscriminadamente no Castelo (excepto nas visitas guiadas, em que pagam um valor simbólico). E, evidentemente, hoje em dia qualquer pessoa pode passear livremente no Parque.





















O Bute Park visto do topo do "último reduto"






















O portão norte do Castelo, que faz a ligação ao Bute Park

Desde então, o Castelo de Cardiff é uma atracção de visita obrigatória para qualquer turista que venha a Cardiff. Oferece múltiplos eventos ao longo do ano, tais como feiras medievais, festivais gastronómicos e até concertos! Acreditam que os Green Day tocaram lá em 2002? É mesmo verdade! 



























Pormenor da torre principal do Castelo, num dos cantos do alçado principal

O Castelo de Cardiff é certamente um local que levarei no meu coração, como marca desta cidade e destes tempos que cá tenho passado.