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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Made in Portugal

Em Portugal temos a mania que só o que é de fora, isto é os produtos estrangeiros, é que são bons. Desta forma, desvalorizamos tanta coisa boa que temos no nosso país! Mas quando estamos fora do nosso país as coisas mudam completamente de figura pois sentimos muita a falta de determinadas coisas que em Portugal damos como garantidas.

Coisas como a nossa comida, o nosso vinho, o nosso pão, o nosso bom gosto no vestuário, do Sol, do poder ir à praia de biquíni e até tomar banho se nos apetecer, do nosso azeite divinal, na nossa pastelaria fina (as natas, por exemplo!), da nossa variedade de peixe fresco, do calor humano das pessoas (pelo menos no Norte do país, com as devidas excepções noutras regiões!) ... e a lista continua. Assim é nossa "obrigação", já que estamos "cá fora", levar o nosso nome bem longe e dizer com orgulho "Sou Portuguesa!!". Vamos lá ter orgulho do nosso país e de dizer sim "isto é made in Portugal".




Uma das coisas que mais admiro nos ingleses é a forma como eles "vendem" a imagem do país e dos seus produtos ao mundo e em particular à Europa. Vá Portugal vamos aprender com quem sabe a vender o nosso país e os produtos nacionais. Pois o que É NACIONAL É BOM!!


Nós, por cá, continuaremos a levar o nome do nosso país bem alto e a dizer com orgulho que SOMOS PORTUGUESES e que um dia queremos voltar para o nosso país, a nossa casa, a nossa família e os nossos amigos. Resta-nos esperar que esse dia não esteja num futuro demasiado longínquo...

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Particularidades de ser nativo de uma das línguas mais faladas no Mundo!

O Inglês é a terceira língua mais falada no mundo, apenas ultrapassada pelo Chinês e pelo Espanhol. Este dados dizem respeito a uma sondagem feita pelo Observatório da Língua Portuguesa, realizada em Julho do ano passado. O Português é a quinta língua, graças principalmente ao Brasil.

As 10 línguas mais faladas no Mundo (clicar para expandir). Fonte: http://observatorio-lp.sapo.pt/Grafico/10-linguas-mais-faladas-no-mundo
Isto faz com que por estes lados a população seja muito resistente a aprender uma língua estrangeira, seja ela qual for. Embora contrariados, os ingleses lá são obrigados a aprender uma língua estrangeira já que faz parte do currículo escolar britânico a aprendizagem do espanhol, francês ou alemão. Mas trata-se duma aprendizagem tão elementar que eles não são capazes de dizer o básico para conseguirem ter uma conversa mínima quando de férias em França ou Espanha. E nem com a passagem do "Tour de France" por terras de Sua Majestade este ano os ingleses se esforçaram para aprender alguns palavras pois ouvimos numa das emissões regionais da BBC Radio o seguinte: "eles falam inglês não falam, portanto porquê preocupar-nos?". Aqui fica um cheirinho do como foi vivido o "Tour de France" por estes lados.


More than one million cycling fans lined the streets of Yorkshire this morning for the historic opening stage, which saw all 198 riders line up in the centre of Leeds for the Grand Depart
"Tour de France" numa das ruas de Yorkshire. 
[Fonte: dailymail.co.uk]

A Família Real à espera de ver os primeiros ciclistas a cortar a meta.
[Fonte: dailymail.co.uk]


E depois admiram-se que os estrangeiros falem 3 línguas ou mais... sim, podemos ter sotaque, mas como disse alguém: "Se tenho sotaque, é porque falo pelo menos mais um idioma que tu!".

terça-feira, 29 de abril de 2014

Doutores e Engenheiros

Um destes dias, num dos nossos empregos, a maior hierarquia da empresa baseada localmente chegou junto dos funcionários e começou a perguntar se queriam café ou chá. E lá foi e voltou com um tabuleiro cheio de “malgões” e distribuiu-os um a um. E aparentemente não espantou ninguém. Isto deixou-nos a pensar: alguma vez tínhamos visto isto em Portugal?

Sendo que não é nada de espectacular em si mesmo, é um gesto bastante invulgar em Portugal, onde se cria uma barreira ridícula entre a “plebe” e a “realeza”. Ainda que também exista hierarquia aqui e esta seja respeitada, não há aqui “Dr. X” ou “Eng. Y”, as pessoas tem nome e é esse que se usa no dia-a-dia. Um dos nossos choques da “adaptação invertida” (isto é, quando voltamos esporadicamente a Portugal) é reparar o quanto certas pessoas adoram ter um “título”, que quase parece realeza, e quantas outras chamam essas pessoas pelo título quando na realidade lhes apeteceria era chamar-lhes outra coisa… Este é um sinal cultural dos países do Sul da Europa (já nos disseram que pelo menos em Itália e Espanha é igual) e não é certamente um sinal de equidade social, que é só por si um dos pilares de um país evoluído.

Todos certamente nos lembramos do gozo que o ex-ministro Álvaro Santos Pereira levou quando insistiu que o tratassem por Álvaro. E depois, quando foi ao Telejornal da RTP, o Carlos Daniel pediu-lhe desculpa por não lhe chamar Álvaro pois “o formalismo do Telejornal não o permitia”. Mas porquê? Na verdade, ele era capaz de ser uma das poucas pessoas em posição semelhante que poderia ser justamente chamado de Doutor (porque de facto tem Doutoramento), mas não queria... é o nosso país dos “doutores”.

As pessoas tratarem-se pelo primeiro nome por aqui é das coisas que mais gostamos. Não cria barreiras (que na verdade não devem existir), sem impedir que cada um saiba “o seu lugar”. Para quando isto em Portugal?


Nota: existem certamente excepções a esta regra, tanto cá como lá (e conhecemos algumas, para os "dois lados"!!), mas após alguns anos por cá esta é a nossa percepção.
 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Vai uma aposta?

Quase tão certo como ter um (ou mais!) pubs, qualquer terrinha por aqui tem também a sua casa de apostas! Sejam pequenos proprietários ou grandes cadeias (como a Ladbrookes ou a William Hill), e apesar da concorrência das apostas online (como a Betfair), não há praça comercial sem pelo menos uma casa de apostas! Regra geral, há sempre espaço para as pessoas se sentarem, acompanharem os eventos e irem apostando em conformidade. É mais uma espécie de "bolsa de valores" do que  casino. Mas aqui só se compra e, com sorte, lucra-se alguma coisa no fim! ;)

As apostas são, por aqui, o equivalente ao nosso totoloto e euromilhões: cruzam gerações e classes sociais, estão firmemente implantadas e aceites como parte essencial do quotidiano do comum dos britânicos. As apostas mais vulgares por aqui são as desportivas, mas não só de futebol! Até em corridas de cavalos se aposta (não, não é só nos filmes nem só na América). Claro que começando a apostar, há sempre a hipótese de tentar a sorte com as coisas mais mirabolantes. Como no nome do "futuro herdeiro" do trono britânico.

Apostas sobre o nome do "futuro herdeiro" do trono à porta da maternidade (fonte: npr.org)

Como vêm, a agência de apostas acertou em cheio! A aposta mais provável segundo a William Hill (e portanto, menos generosa) era George. Quem escolheu George não ficou, ainda assim, mal servido: 8/1 (as chamadas "odds" - possibilidades) significa que por cada libra apostada, o apostador recebeu 8 libras!

Mais difícil é encontrar por aqui o euromilhões (não e que o procuremos muito, confessamos). Mas também se joga e ganha, como são prova alguns casos de primeiro prémio por estas bandas que chegaram às noticias em Portugal. Como exemplo, aquele casal que quando soube que ganhou o euromilhões saiu para comprar uma pizza. Mas, definitivamente, as apostas reinam por Terras de Sua Majestade.

Só depois de vermos como funciona esta indústria por aqui compreendemos melhor o absurdo económico que vivemos em Portugal. Por cá, com toda a indústria (física e online) devidamente regulada (incluindo lotarias e euromilhões), o Governo britânico recolhe uma quantia bem "simpática" em impostos por ano (dados de 2010): 700 milhões de libras. Em Portugal, temos um "semi-faroeste", em que um operador tem monopólio sobre o mercado de apostas e todos os outros tem de estar registados fora de Portugal para poderem operar. Para ja nao falar que as apostas online nao tem qualquer enquadramento legal ainda, logo é como se não existissem! Conclusão, um monte de dinheiro, tão precioso ao Estado nesta altura, a voar pela janela fora todos os dias...
 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Um Domingo diferente

Num dos Domingos deste brilhante Verão britânico (nunca é demais reforçar, temos de aproveitar enquanto dá!), fomos a uma pequena feira tradicional aqui bem perto de March, num parque público em Chatteris.

O Festival de Verão de Chatteris 2013
Era, por assim dizer, uma "mini-feira medieval". Mais apropriadamente, o tipo de feira em que muitos coleccionadores orgulhosamente "tiram o mofo" às suas colecções (de selos, medalhas, ferramentas, roupas e equipamentos antigos, ...) e as mostram num contexto de "viagem no tempo". Este tipo de feiras por cá é, portanto, menos comprometida com o negócio "puro e duro" e mais virada para o convívio, para beber umas cervejas e ouvir música local. Existem, claro, barracas a vender todo o tipo de artesanato (mais ou menos interessante) mas numa proporção bem menor às nossas "feiras medievais". Tendo dito isto, não estamos a advogar que estas feiras (e esta em particular) chegam sequer perto da Viagem Medieval de Santa Maria da Feira (saudades!...).

Recriação do faroeste com participação do público

Particularmente interessante de ver foi a componente de jogos tradicionais, tais como o "jogo da corda". Miúdos e graúdos a divertir-se com jogos supostamente "fora de moda" mostrou-nos que as boas tradições (ainda) são para manter!

O jogo da corda (fonte: chatterismidsummerfestival.co.uk)
Corridas de obstáculos tipo "Jogos Sem Fronteiras" (fonte: chatterismidsummerfestival.co.uk)

Outras atracções durante o fim-de-semana incluíram a já habitual falcoaria, uma parada, um concurso de beleza canina (!), uma competição de decoração de bolos e uma não tão habitual demonstração da Força Aérea (Royal Air Force): dois aviões sobrevoaram a baixa altitude o recinto da feira, para deleite geral. Sem dúvida, razões mais que suficientes para um belo dia fora!

Demonstração de falcoaria
Avião da RAF a sobrevoar a feira (fonte: flickr.com/photos/matthalmshaw)
Nota: este é o último post antes da partida para o nosso Portugal, para matar saudades e retemperar forças. O Meu Lado Solar volta em breve com todo o brilho e muito mais para contar!
 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Persianas, para que vos quero!

Um "pormenor" que salta à vista mal se chega ao Reino Unido, mas do qual nunca falamos aqui, são as persianas. Ou melhor, a falta delas!

Sem persianas nem cortinas: mais regra que excepção no Reino Unido (fonte: dailymail.co.uk)
Desde sempre fomos habituados, culturalmente, a ter persianas em casa. Com isso, protegemo-nos não só "visitas indesejadas" mas também da luz do dia quando nos deitamos. Isto é tão óbvio e banal em Portugal como o seu contrário por estes lados!

Por aqui não há persianas e, espanto dos espantos, frequentemente nem sequer cortinas! Não é fácil nos primeiros tempos adormecer com tanta luz e tê-la a entrar pela janela tão cedo, mas o hábito acaba por chegar. Quanto às cortinas, não é fácil tirar conclusões. Parece-nos evidente que o espírito de "coscuvilhice" no Reino Unido é bem menor que em Portugal. Mas o que nos parece mais é que, em geral, as pessoas estão-se "nas tintas" para o que os outros pensam delas ou sobre o que estão a fazer. Isso nota-se bem nas ruas: mesmo num sitio pequeno como March não faltam "seres extravagantes" e nem por isso as pessoas mais idosas param para ver. Ou se param, é para se rirem um bocado. Estão a ver isto em Portugal?

Não estamos a dizer que apreciamos especialmente a cultura do "quanto mais doido, melhor". Simplesmente, é uma forma diferente de encarar a vida. E só cá estando é que o poderíamos descobrir!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Legalizar o carro trazido de Portugal: só para corações fortes! (parte 2)

Depois de muita pesquisa e triagem neste manual do governo britânico e neste panfleto, encontramos a forma para legalizar o nosso carro.

Estes são, em Junho de 2013, os passos para trazer um carro ligeiro (não novo e para uso exclusivamente privado) de Portugal para o Reino Unido.

##############

Passo 1 - Comunicar à HMRC (finanças britânicas) neste site, no prazo de 14 dias, a chegada ao país do veículo. Mesmo que sejam não residentes no Reino Unido têm de o fazer. Ah, e tenham a factura do veículo à mão.

Passo 2 - Assegurar que o veículo está conforme às normas britânicas,

Assumindo que o veículo foi comprado nos últimos dez anos, devem ser portadores do Certificado Europeu de Conformidade (EuroCoC). O EuroCoC é emitido pelo fabricante na compra e prova que as características técnicas do veículo satisfazem os requisitos ambientais e de segurança da União Europeia. Se não o tiverem, contactem o concessionário onde compraram o veículo. Em último recurso, existem empresas que emitem esses certificados por cerca de 100 euros (depende do veículo).

Para além do EuroCoC, o Reino Unido tem requisitos adicionais (validados pela Vehicle Certification Authority - VCA). No caso de estados-membro onde se conduz à esquerda (todos os outros excepto Irlanda, Malta e Chipre) o que vou escrever a seguir neste passo pode não ser necessário. A VCA requer, para além do Certificado Europeu de Conformidade, o cumprimento de três características no veículo:
- as luzes frontais devem focar para a esquerda (por causa do encandeamento);
- o conta-quilómetros deve apresentar valores em milhas por hora;
- a luz de nevoeiro traseira deve ser à direita, no meio ou nos dois lados.

Todas estas características tem de ser atestadas por escrito por uma garagem reconhecida e enviadas para a VCA. Se o carro tiver 3 ou mais anos, tem de ser efectuada uma inspecção periódica obrigatória do veiculo (aqui chama-se MOT - Ministry of Transport) e ser enviado também o respectivo comprovativo.

No caso do conta-quilómetros foi fácil, pois o contador digital é reprogramável para outros sistemas de medição.

No caso das luzes frontais, já não fomos tão afortunados. As nossas luzes, naturalmente, focavam para a direita, o normal em países onde se conduz à direita. O problema é que o nosso conjunto de faróis é estático e não é possível regular o alinhamento horizontal nem de forma manual nem automática. Logo, tivemos de adquirir um conjunto de faróis frontais novo (ou mais ou menos novo).
Para compor a festa, está bom de ver que a nossa luz de nevoeiro tinha de estar à esquerda, exactamente onde não devia estar aqui... mas este problema resolveu-se com umas alterações nas lâmpadas, foi mais fácil.

Após tudo feito e certificado por escrito pela garagem, de correspondência registada perdida (é verdade!), e passados dois meses desde o início lá tivemos o OK da VCA quando à conformidade do veículo para o Reino Unido.

Passo 3 - Obter um certificado de seguro britânico (provisório).

Para podermos registar o carro no Reino Unido, é necessário ter um certificado de seguro britânico. É verdade, mesmo com o português em vigor! A carta verde que têm convosco garante-vos protecção contra terceiros em caso de acidente, mas é inútil para estes efeitos de legalização do carro.
Mas o pior de tudo mesmo é que 95% das seguradoras deste país não vos fazem seguro sem uma matrícula britânica! É o dilema do ovo e da galinha no seu esplendor: não conseguimos registar o carro sem seguro; não nos dão seguro sem registo!

O que vale é que existem os outros 5%, que estão dispostos a fazer-nos o seguro com base no número de chassis do veículo. Para quem não sabe, o número de chassis é um número de identificação único do veículo que podem encontrar algures na carroçaria do mesmo. Com condições bastante restritivas, claro! No nosso caso, fizemos um seguro válido por 30 dias (não renovável) que só permitia um titular (o proprietário do veículo) e só cobria viagens "sociais" (não cobria "casa-trabalho-casa"!). Um seguro "não-seguro", claro está. Mas como tínhamos a nossa carta verde portuguesa que nos cobria o restante, não havia problema. Que remédio tinha de não haver, senão não poderiamos usar o carro! Este foi literalmente um seguro "para inglês ver", mas é assim que eles querem!

Passo 4 - É agora tempo de preencher formulários para a DVLA (o equivalente ao IMTT). Todos os formulários e manuais necessários para este efeito não se encontram nos correios, tem de ser pedidos online aqui, escolhendo a opção import pack.

É preciso preencher um formulário extremamente detalhado sobre o veículo. Esses detalhes devem ser obtidos no EuroCoC. Juntamente com o formulário, devem seguir os seguintes originais:
- certificado de seguro britânico;
- certificado de inspecção obrigatória - MOT (no caso do carro ter mais de 3 anos);
- documentos único automóvel português do carro (sim, isso mesmo!);
- cópia do vosso passaporte / CC (no site eles dizem que querem o original, mas ao telefone disseram-me que bastava uma cópia);
- um documento/conta que prove a vossa morada;
- o EuroCoC;
- o documento de conformidade passado pela VCA.
- o pagamento da primeira inscrição do veículo (55 libras);
- o pagamento do primeiro ano de imposto automóvel do veículo - tax disc. (Este valor é baseado quase exclusivamente nas emissões de CO2 do veículo. No nosso caso foram 20 libras. Tabela completa aqui).

Enviem tudo isto em Special Delivery (é mais caro, mas vale bem a pena a paz de espírito!). Os pagamentos podem ser enviados por cheque ou vale postal.

Passo 5: Se tudo correr bem, em 1 ou 2 semanas recebem a confirmação de que tudo está OK e recebem a vossa matrícula britânica! Passados uns dias chega o documento único britânico, que eles aqui chamam logbook.

Passo 6: Fazer matrículas!

No Reino Unido, a matrícula traseira deve ser amarela, por questões de visibilidade nocturna. Podem e devem escolher ter o simbolo da União Europeia na matrícula, pois assim não precisam de por um autocolante na traseira do veículo a dizer "GB" quando forem dar uma volta ao "continente". :)

Aqui podem encontrar uma lista de fornecedores autorizados de matrículas. Uma solução económica pode ser comprarem as matrículas no eBay num fornecedor autorizado e colocá-las vocês mesmos. Sim, é seguro!

As matriculas ficam normalmente prontas de um dia para o outro.

Passo 7: Fazer uma apólice de seguro para a nova matrícula britânica e cancelar o seguro português.

Uma coisa boa aqui no Reino Unido é que há comparadores para quase tudo: fornecimento de electricidade, gás, contratos de telemóveis, televisão, internet, ... e, claro, seguro automóvel.

Um dos melhores sites de comparação é o Money Supermarket. Aqui devem encontrar as melhores cotações possíveis para o vosso veículo, tendo em conta o vosso perfil enquanto condutores, as características do veículo, o local onde vivem, entre outros factores. Em 10 minutos ficam com o seguro automóvel praticamente resolvido.

Passo 8: Cancelar a matricula portuguesa junto do IMTT

Este passo deveria ser desnecessário. As autoridades britânicas devem entrar em contacto com as portuguesas para este efeito mas, pelo que lemos nos fóruns de portugueses noutros países em condições semelhantes, é melhor não nos "fiarmos na Virgem".

O Código da Estrada diz:

"O cancelamento da matrícula deve ser requerido pelo proprietário ... quando é atribuída matrícula noutro país.
a) Sendo o veículo matriculado num Estado-Membro, este deve comunicar ao IMTT a nova matrícula atribuída para efeitos de cancelamento automático da matrícula nacional, sem prejuízo dos interessados diligenciarem junto do IMTT esse cancelamento."
Pois é melhor então prevenir que remediar, para evitar que apareça imposto automóvel por pagar.

##############

E é isto o que é preciso fazer, em termos gerais e a correr bem! Daunting (assustador), como se diz aqui, não é?

Fica o serviço público d' O Meu Lado Solar. Esperamos que seja útil a alguém, nem que seja para perceber que só mesmo em condições especiais vale a pena nos darmos a este trabalho!
 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Legalizar o carro trazido de Portugal: só para corações fortes! (parte 1)

Começar de novo num país é como um videojogo: passamos diversos "níveis" até chegarmos ao desafio final, ao "boss". Os "níveis" incluem o reconhecimento de habilitações, a inscrição em serviços de saúde e a "inculturação" habitual quando se chega a um novo país. O "boss", definitivamente, foi legalizar o carro que trouxemos de Portugal!

Um momento simbólico...
Acreditem que chegar a esta fotografia foi um desafio à tenacidade, ao amor ao veículo e, já agora, à paciência. Vamos poupar-vos a detalhes desnecessários. Neste post fica apenas um "cheirinho" da nossa experiência de trazer o carro para o Reino Unido. No próximo post fica o "manual" de como o fazer (aqui ou, com pequenas modificações, em qualquer outro Estado-Membro da União Europeia).

Tendo disto isto, a primeira observação é: só tragam o carro para o Reino Unido se for mesmo necessário ou se houver uma razão muito forte/imediata para o fazerem! Esta constatação não é nova para nós: apenas trouxemos o carro pois precisávamos de uma solução rápida (e o tempo escasseava na altura), porque o carro era praticamente novo e, vá, porque tem grande significado material (e imaterial) para nós. Os carros aqui, novos ou usados, são mais baratos e têm volante à direita, o que dá jeito nestas estradas :). Logicamente, o prémio de seguro sobe em carros conduzidos à esquerda. Tudo isto são argumentos de peso para não trazer o carro. Mas os nossos argumentos pesaram mais (e não estamos de todo arrependidos!).

Tendo chegado ao Reino Unido no Pont Aven em Setembro, os seis meses seguintes decorreram sem problemas de maior com o veículo. Habituarmo-nos à condução aqui foi bem menos complicado do que se possa pensar e isso deve-se em grande medida às boas estradas, à orografia plana e, é preciso frisar, ao civismo dos condutores britânicos (nisso temos muito a aprender com eles!).

Ao chegar perto dos 6 meses, foi hora de começar a pensar em legalizar o veículo. No meu caso, dado ser considerado não residente aqui (era estudante e as minhas conexões "profissionais" estavam em Portugal) e o carro não ser novo (não é novo se tiver sido comprado há mais 6 meses ou tiver 6000 milhas - aproximadamente 10000 km) poderia circular com ele aqui durante 183 dias por ano sem comunicar nada às finanças (HMRC) e ao IMTT daqui (DVLA) desde que tudo estivesse regularizado em Portugal. #### Um aparte: em Abril de 2013, o governo do Reino Unido mudou esta legislação e agora qualquer pessoa que chegue com um carro de fora, seja residente ou não, tem de comunicar em 14 dias esse facto à HMRC. ####

Do pensar em legalizar ao fazer foi uma grande distância e os obstáculos foram como minhocas: a cada "escavadela", mais uma. E cada vez maiores!

No próximo post descrevemos então os passos necessários para levar esta "empreitada" a bom termo, seja aqui ou noutro Estado-Membro. Esperamos que sejam úteis a alguém desse lado!
 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ir ao dentista no Reino Unido: uma experiência "Ryanair" (parte 2)

No post anterior, acabamos a dizer que teríamos de nos registar num dentista para poder finalmente "atacar o bicho". 

Um pormenor importante é que qualquer clínica dentária aqui no Reino Unido (NHS ou privados) só trabalha de 2ª a 6ª, das 9h às 17h/18h no máximo. Significa isto que, para ir ao dentista não tens outra alternativa senão pedir para entrar mais tarde ou sair mais cedo do trabalho. 

Assim sendo, 2ª feira, antes de ir trabalhar, lá estava eu à hora de abertura da clínica mais perto de minha casa para me registar e tentar arranjar o "milagre" de ter uma consulta nessa mesma semana. O "milagre" deu-se para o dia seguinte, pois consegui finalmente uma consulta (pensava eu, para mandar a minha dor de dentes embora de vez!). 

Nada a dizer da dentista, pois era muito simpática e atenciosa, já do tratamento, enfim...É ao bom estilo Ryanair: temos a base - 30 libras - (primeira consulta, nas posteriores é mais barato) e depois qualquer serviço paga-se à parte! Por cada raio-X foram 7.5 libras (foram 4 no total, portanto é só multiplicarem). E ponto final da consulta, pois o tratamento teria que ser noutra marcação pois a 1ª consulta é só avaliação! Maravilha, não é? Ah e a cereja no topo do bolo ficou para o fim, pois o diagnóstico era infecção num molar e a necessidade de fazer uma desvitalização (ou root canal treatment, como é conhecido por estes lados). Pois bem esse serviço custa nem mais nem menos que 300 libras! É verdade, não me enganei a escrever nem pus mais um zero. Aliás, varia entre 300 e 500 libras pelo país fora! Eles poderiam fazer esse tratamento "convencionado" com o NHS e isso custar 48 libras aos pacientes, mas nem eles nem quase ninguém o faz, claro, ao bom estilo "cartel": assim comemos todos...

Evidentemente disse "Nem pensar" e perguntei se não poderia fazer nada para me aliviar a dor até ir a Portugal nas férias e ir à minha dentista habitual. Pois mesmo que precise de mais do que uma consulta para concluir o processo de desvitalização, ficará bem menos que 350 euros (as tais 300 libras, ao câmbio actual). Ela riu-se. Marquei 2ª consulta para fazer um tratamento "para aguentar" e, até ver, a dor foi embora e vou-me safando. Espero que assim continue até voltar aí! (*batida na madeira*)

Resumindo, quando digo experiência ao estilo Ryanair não estou a exagerar, pois tudo o que não faz parte do valor inicial da consulta é extra e a conta é como o balão: sobe sobe! Por exemplo, se tivesse feito uma daquelas limpezas dentárias básicas, eram mais 18 libras a somar à base... e sem copinho de água no fim para tirar os restos da intervenção. Pequenos pormenores que dizem muito... Nada como a nossa TAP, onde somos tratados como passageiros e nos sentimos em casa!...

E ainda nos queixamos dos dentistas serem caros em Portugal, depois disto fiquei verdadeiramente tentada a tirar Medicina Dentária e ganhar o quanto quiser por cá, pois este é um feudo e tanto! 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Abóbora, finalmente!

Foram precisos quase dois anos para encontrarmos por aqui abóbora para comer!! (as do Halloween não contam...)


Ora esta abóbora dá-se pelo sugestivo nome de butternut squash! E como fomos descobri-la?

Quando estivemos em Stratford-upon-Avon, fomos jantar a um restaurante britânico com inspiração na cozinha mediterrânea (uma muito boa escolha, por sinal). E um dos pratos que pedimos foi um risotto de butternut squash. Mesmo sem sabermos o que era (sabíamos apenas que era vegetariano), pareceu-nos bem um risotto. Enquanto picávamos as entradas, pesquisamos no google o que era e vimos que era uma abóbora!

Confessamos que a ligação arroz/abóbora não é a mais feliz, mas a parte boa é que finalmente descobrimos abóbora!

Não foram precisos muitos dias para descobrirmos à venda a butternut squash. E foi no Lidl que a encontramos. O Lidl é, definitivamente, dos supermercados mais interessantes por cá (na nossa perspectiva "europeia"): tem muito mais coisas do continente europeu do que qualquer outro dos supermercados "british", e com melhores preços. Não éramos grandes fãs do Lidl em Portugal, mas aqui ficámos convertidos! E qual foi a grande surpresa?


É verdade, Made in Portugal! Depois disto, ficamos intrigados, pois nunca tínhamos visto destas abóboras em Portugal. Mas era mesmo defeito nosso, pois já as comemos muitas vezes! Ora, a butternut squash é a "nossa" abóbora-menina ou, para muitos, abóbora-bolina!

A abóbora-menina/bolina por dentro
A verdade é que esta abóbora é mais usada em Portugal para doçaria. Mas para nós, passa a ser a abóbora da sopa! É o fim do reinado do swede cá em casa, um sucedâneo de abóbora que é um híbrido de nabo e couve. O nome swede tem a ver com a Suécia: é o acrónimo de Swedish turnip (nabo sueco).

O swede (fonte: visualphotos.com)
Ia dando para o gasto... mas não é a mesma coisa!

Não é que descobrir uma abóbora seja uma grande coisa, mas realmente este é mais um exemplo de como simples coisas que tomamos por garantidas em Portugal... afinal não o são!
 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A educação "positiva"

Este post é dedicado a algo que me deixou "chocada" logo nos primeiros dias de trabalho, mas em linha com o que já me vinha deparando no dia-a-dia. Mais do que falar em diferenças culturais, queremos aqui falar de diferenças educacionais bem vincadas entre as nossas crianças e as crianças do Reino Unido.

Desde cedo que todos os pais ensinam aos seus filhos o que é certo e o que é errado, a diferença entre o bem e o mal, o que eles podem ou não fazer. A isto chamamos impor limites e definir claramente até onde as crianças podem e não podem ir. Consequência disto é o facto de, quando a criança passar esses limites, sofrer uma consequência para aprender a lição e não voltar a repetir a "gracinha" na próxima vez. Naturalmente, que falamos aqui de consequências negativas tais como castigos (ex.: ir directamente para a cama logo que acabe de jantar, ficar sem ver TV durante 3 dias, etc.).

Pois bem, aqui no Reino Unido, as coisas não são bem assim. Lido diariamente com crianças e adolescentes bem difíceis, que constantemente testam todos os limites e mais algum. E que lhes acontece? Nada, na verdade. E eles sabem bem disso. A lógica no Reino Unido é reforçar os comportamentos socialmente aceitáveis e não prestar atenção aos comportamentos erróneos, através do pressuposto da extinção desses comportamentos pela desvalorização dos mesmos. Resultado? Não há consequências negativas para estes miúdos! É mesmo assim e não estou a exagerar! É assim que as coisas funcionam por cá, foi-me dito. Quando queremos que um miúdo faça alguma coisa ele tem de receber sempre alguma coisa em troca para o fazer. Por exemplo, para arrumar o quarto tem de receber dinheiro (5 libras, por exemplo). E perguntam vocês: mas eu arrumo o meu quarto e ninguém me paga? Pois é, mas aqui os miúdos são educados maioritariamente assim. Mas há um ou outro limite que conseguimos estabelecer. Por exemplo, a proibição do consumo de refrigerantes e bebidas altamente açucaradas (e "cafeínadas") como o Red Bull. Sabem o que disse um profissional de saúde aquando de uma visita? Que esta regra era um atentado aos direitos das crianças! Imaginam isto? Ainda bem que se trata de um profissional da saúde e não do ensino, pois assim não corremos o risco dele ensinar um filho nosso!

Mas tudo isto deixa-nos a pensar bastante sobre ter e educar os nossos filhos neste país tão diferente do nosso, e o infantário/escola onde o colocar. Uma coisa é certa: filho nosso vai saber a diferença entre o que pode e não pode fazer e que se ultrapassar o limite é castigado. Nisto Portugal está milhares de anos-luz à frente do Reino Unido!
 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Nunca é tarde para se ser jovem!

Algo que nos surpreendeu ao chegar ao Reino Unido é a disponibilidade e a facilidade com que os mais velhos aderem à tecnologia.

Senhora a usar o iphone 4 (fonte: guardian.co.uk)
É muito frequente vermos no Reino Unido pessoas com idade para serem nossos avós a utilizar activamente smartphones e tablets. E não só para telefonar: é muito frequente vê-los a navegar pelas notícias, no e-mail ou no Facebook. Nunca vimos nenhum a tweetar, mas é uma questão de tempo!

Recentemente, numa das minhas agora frequentes viagens de comboio, sentou-se à minha beira uma senhora de respeitável idade. Inesperadamente, poucos minutos depois, saca ela do seu ipod verde alface para curtir um som. Quão provável é isto acontecer em Portugal?

O impacto social e os (baixos) custos relativos da tecnologia ajudam em parte a esta imensa abertura. Por outro lado, não podemos ignorar os contextos relativos de Portugal e Reino Unido nos últimos 60 anos (após a 2ª Grande Guerra). As gerações que daí emergiram, fizeram-no em condições bem diferentes e com vivências muito dispares. Naturalmente os nossos idosos não tem o poder económico nem o acesso ao conhecimento que os britânicos têm. Certamente há coisas bem mais importantes que a tecnologia, mas não hajam dúvidas que é uma diferença que ressalta imenso para quem chega de Portugal.
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Há mar e mar, há ir e voltar!

Assistimos nos últimos dias à vinda para estas bandas de mais uma fornada de enfermeiros... todos conhecemos a razão para o mediatismo deste momento e é sobre o que foi dito na carta que queremos reflectir hoje.

Bem sabemos, por experiência própria, o que lhes passa pelo coração e o sentimento misto de quem fica desse lado...

Nunca nos passou pela cabeça, até há bem pouco tempo, deixar o nosso país para trabalhar e sem prazo definido para o regresso...porém, tal como estes jovens que acabam de chegar, o nosso país é sempre o nosso país! Amamos profundamente Portugal, apesar de tudo o que possa estar a acontecer e de tudo o que nos levou a este estado anémico enquanto Nação. E é isso que queremos dizer, não importa a distância, o motivo, muito menos a duração: Portugal é, e será sempre, o sítio a que chamamos casa! Não haverão pequenos "Jean-Pierres" ou "Johns da Silva" que não falam Português porque os seus pais "limparam o pó dos seus pés" no dia em que saíram de Portugal. Serão Portugueses como nós e um dia voltarão a "casa" connosco!

As nossas boas vindas para este grupo de valentes, que vêm cumprir o sonho que não puderam cumprir no sítio que os os viu nascer! Ainda que seja criado um imposto sobre a saudade e as lágrimas, todos estaremos sempre dispostos a pagá-lo! Toda a sorte do Mundo, e se pudermos ajudar nalguma coisa... :)
 

sábado, 18 de agosto de 2012

O blogue vai de férias (e nós também, claro!)

É verdade, finalmente chegaram as nossas tão aguardadas férias e o momento de regressar a Portugal e rever todos os que lá deixamos!


Mas não fiquem tristes, pois vamos regressar e O Meu Lado Solar irá brilhar mais do que nunca logo que voltemos!

Até breve!
 

terça-feira, 31 de julho de 2012

Finalmente tivemos visitas!

É verdade que demorou bastante até alguém se decidir a visitar-nos, mas esse momento chegou e ficamos muito contentes! 

Foi por altura do meu aniversário que tivemos cá o meu mano. Apesar do tempo não ter estado propriamente agradável para passear (como podem comprovar pelas fotos que se seguem), tentamos tirar o melhor partido dos dias (apesar de nem sempre ter sido possível...). 

Também aproveitamos a oportunidade e fomos conhecer um castelo medieval que fica nos arredores de Cardiff: o Caerphilly Castle. Este castelo data do século XIII e tem a particularidade de estar localizado bem no centro de um lago.

O Caerphilly Castle
Pormenor do interior do Caerphilly Castle
O tempo esteve particularmente desagradável nesse dia, mas achamos que este castelo fica em muito a dever ao Castelo de Cardiff e ao Castelo Vermelho (Castell Coch). Ainda assim merece uma visita pela paisagem invulgar mas alerto que as 4 libras que cobram para visitar o castelo por dentro são um exagero! Por fora acaba por se ter a ideia geral do castelo, esqueçam o interior (e guardem as libras para os pints).

Claro que visitamos a maior parte das atracções que não se podem perder ao visitar Cardiff, mas dessas já vos fomos falando no blogue.

Esperamos que, depois disto, mais gente fique com vontade de nos visitar e descobrir connosco os encantos do País de Gales! Contamos ter mais novidades sobre esses encantos em breve!!

A nossa casa é como o nosso coração: pode não ser muito grande, mas cabem cá todos! Portanto, apareçam!

Mas, entretanto, vamos descobrir brevemente quanto sentiram a nossa falta pois daqui a 19 dias (podem confirmar no calendário!) estamos aí! 
 

domingo, 29 de julho de 2012

O verdadeiro salame de chocolate!

Depois da tentativa falhada de comer um "docinho" fora de casa, da qual vos falamos aqui, segue o nosso salame feito com chocolate em pó da Regina vindo directamente da fonte (de Portugal, é claro!).

 O verdadeiro salame de chocolate - o nosso!
Que vos parece? Vai uma fatia? :)
 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Portugal à mesa em Cardiff!

Depois de muito tempo a sonhar com produtos como o bacalhau ou o simples pão ralado, eis que descobrimos esta pequena maravilha a poucos minutos a pé de casa: uma mercearia  só com produtos produtos nacionais, a Benedito's - Portuguese Delicatessen! Não acreditam? Então vejam aqui.

A lista de produtos é interminável mas aqui ficam algumas das coisas que trouxemos para casa na nossa primeira visita (e após muita reflexão e ginástica mental já que a vontade de trazer tudo era grande!).


E claro que não é preciso dizer que nos tornamos clientes assíduos desta mercearia! Bem hajam e continuem por aqui, que nós também!
 

sábado, 21 de julho de 2012

Londres 2012: nós vamos lá estar!

Pois é, aqui estão as "provas do crime"!


Bem tínhamos dito aqui que, se tivéssemos a chance, não iríamos enjeitar a ida aos Jogos Olímpicos! Pois bem, mas longe estávamos de acreditar que iríamos conseguir bilhetes para a mais cobiçada de todas as provas: a final dos 100m! Foi precisa muita sorte (e alguns euros/libras, é certo, mas sem exageros!!) para conseguir lá estar, mas vamos poder desfrutar da oportunidade única de sentir o fervilhar de um evento desta dimensão! Esperemos que o clima ajude, pois não imaginam como tem estado por cá o tempo: o período Abril a Junho mais chuvoso desde que há registos no Reino Unido (e Julho vai pelo mesmo caminho, apesar da melhoria dos últimos dias!).

Esperamos que o Usain "lightning" Bolt esteja presente e em grande forma (está neste momento em dúvida para a competição). Mas tem grande concorrência este ano de outro jamaicano: Yohan Blake (fixem este nome!!). Infelizmente, o nosso Obikwelu está lesionado e não irá estar presente.

Mas nem só de 100 metros viverá esta nossa ida ao Parque Olímpico: para além de várias provas no estádio (incluindo a final feminina dos 400 metros planos), vai haver muito para ver no Parque Olímpico, que parece ser lindíssimo (vejam mais fotos aéreas neste link)!

Vista aérea do Parque Olímpico (fonte: site da BBC)
No dia seguinte, estamos bem longe do Parque Olímpico (e do centro de Londres), para algo completamente diferente: vamos apoiar os nossos canoístas (10 ao todo, 6 titulares e 4 suplentes, para 6 eventos) em Eton Dorney, Buckinghamshire.

O lago de Eton Dorney (fonte: site oficial dos Jogos Olímpicos 2012)
Para quem não sabe, Portugal tem evoluído imenso a nível internacional na canoagem e seguramente vai estar em destaque em Londres 2012. Algumas finais serão certamente atingidas, mais que isso...logo se verá! Força a todos! Vamos estar apenas no dia das eliminatórias, as finais são no dia seguinte... mas lá estaremos a gritar pelo nosso Portugal!

Quanto à logística do evento e como as coisas fervilham a seis dias do arranque...está literalmente tudo em "estado de sítio"! Londres está impossível a nível de acessibilidades/transportes e a questão da segurança está ao rubro (a última acha para a fogueira foi o fiasco dado pela empresa contratada para a segurança dos Olímpicos. A organização já está a recorrer ao exército para "tapar os buracos"!). Para verem em que ponto está a paranóia da segurança (ou securitarismo, diríamos), vejam o que está a acontecer em Cardiff desde há uma semana: os maiores hotéis têm um sistema de controlo de entrada tipo aeroporto!

O Hilton, no centro de Cardiff. O controlo de segurança é a tenda.
Se isto é assim aqui e é para entrar num hotel, como será para entrar no Parque Olímpico?? Vai ser bonito, vai...mas esperamos sobreviver! Será, com certeza, uma experiência única e inesquecível, esperamos que sempre pelos melhores motivos! Se sobrevivermos, deixar-vos-emos aqui as nossas impressões (e algumas fotos, já agora)! :)
 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Força, Portugal!


Hoje é dia de unir as nossas gargantas e gritar: FORÇA, PORTUGAL!!!

A receita é simples: entrar sem  medo no jogo e mostrar aos nuestros hermanos que somos melhores! Eles podem ter o Torres (mas a jogar como tem jogado nem se dá conta que ele existe...) mas nós temos o Ronaldo, o Pepe, o Coentrão, etc...enfim, somos muitos e vamos dar-lhes muita, muita luta!! E reescrever a história!!

Estamos todos contigo, Portugal!!

ACTUALIZAÇÃO:
Sim, estamos mesmo de parabéns!! Portugal está de parabéns pela motivação, esforço e empenho demonstrado!! Mas será que não podíamos aproveitar esta união em volta da selecção e a estende-la a outros campos?
 

sábado, 16 de junho de 2012

Os pubs: uma paragem obrigatória!

Aproveitando o facto da nossa Selecção estar em acção por estes dias, vamo-vos falar dum dos ex libris do Reino Unido: os "pubs". Os pubs, por aqui, são como se diz numa publicidade em Portugal: podia-se viver sem eles, mas não era a mesma coisa!

O Juno Lounge, bem pertinho do Roath Park
Em Portugal estamos habituados a vê-los como bares irlandeses com decoração rústica onde se bebe uma boa Guinness (ou uma Super Bock, claro!) enquanto se ouve música céltica/folk ou se vê um jogo da bola. Pelo menos no Norte de Portugal, no Algarve a realidade é diferente...

Por cá, a disseminação destes bares é de tal ordem que é até difícil escolher onde ir! Não vamos fazer nenhuma análise sociológica do fenómeno e da importância que estes espaços têm para o pessoal de cá, vamos apenas falar-vos um pouco de como são e como funcionam. Regra geral, os sítios são muito agradáveis, com muito bom ambiente mesmo em alturas de "pico" (no País de Gales são mesmo os jogos de rugby, nem que sejam amigáveis, esqueçam lá o Euro 2012!).

Infelizmente, a grande parte dos pubs pertence a uma ou duas cadeias, o que torna tudo um pouco mais industrial (principalmente a comida, que quase sempre é mais do mesmo...mas que fazer, o cliente é quem manda!). Mas há sempre sítios muito arranjadinhos e personalizados a uma breve caminhada de distância, onde podemos, para além de beber uma geladinha e ver rugby ou futebol num dos milhentos ecrãs espalhados pelo espaço, navegar na Internet e jogar jogos familiares (monopólio, scrabble, 4 em linha, ...) gratuitamente, jogar uma bilharada ou simplesmente recostarmo-nos no sofá e ouvir um pouco de música ao vivo (vários dias por semana encontram-se destes eventos e, regra geral, não se paga entrada).

Pormenor do interior do Pear Tree, também nos arredores do Roath Park
Um dos nossos pubs preferidos é bem no centro da "noite" de Cardiff: o Prince of Wales. Este pub é um reaproveitamento de um antigo teatro (que fechou portas como tal em 1946), o que torna este espaço particularmente peculiar.

Pormenor do interior do Prince of Wales: o antigo palco
Tem dois pisos e no de cima ainda se encontram os restícios de uma outra vida do espaço.

A cortina do palco e os camarotes no Prince of Wales. A estrutura metálica é para o projector.
A plateia, no topo dos dois pisos do Prince of Wales.
Definitivamente, um local de passagem obrigatório! Apenas uma nota: é melhor ir lá de Domingo a Quinta, pois Sexta e Sábado a área circundante torna-se o "belo" espectáculo que reportamos aqui e aqui ...