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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O Natal, lá e cá

Com o Natal a chegar, anda toda a gente atarefada com os preparativos. As preocupações com comida por aqui não são tão grandes como em Portugal (pelo menos pelos nossos lados), mas há uma azáfama muito própria da época no ar.

O prato central do Natal em Inglaterra (na maior parte dos lares) é o peru recheado assado no forno, com todos os acompanhamentos habituais. Nao é muito diferente de alguns sitios em Portugal, onde em vez do bacalhau/polvo há peru. A grande diferenca está em quando isso acontece. Enquanto que em Portugal o "grande momento" é na véspera e a antecipação da meia noite têm um grande papel, no Reino Unido o que conta mesmo é o dia de Natal.

Peru de Natal à Britânica
A véspera de Natal é uma noite como as outras por aqui. Pelo contrário, o dia de Natal funciona com um grande dia de "Sunday lunch". Toda a gente arrebita (mais ou menos) cedo, abrem-se presentes, vai-se à missa de Natal (os que vão) e ao parque em família e almoça-se tarde (comparado com o normal), mas em grande. No inicio da refeição todos rebentam em conjunto os famosos "crackers" e vêm o que lhes calhou em sorte. Para além da "coroa" de Natal, vem sempre um brinde ou uma anedota. É assim uma espécie de "kinder surpresa", que ajuda a animar as hostes para a longa tarde.


Acaba por ser a única refeição do dia, a que se seguem jogos e/ou filmes. Felizmente nunca tivemos a experiência em primeira mao de um dia de Natal por Inglaterra, mas é assim que costuma funcionar, segundo amigos. Em Portugal, bem sabemos, o dia de Natal é também bastante atarefado, mas o ambiente ja é um bocadinho mais de "ressaca", dada a comezaina da noite anterior. A energia começa-se a esgotar logo a seguir ao almoço e acaba por nao haver tanto "movimento" como na noite anterior.

Independentemente das diferenças, o Natal como sempre o conhecemos é o "nosso" Natal e não o mudariamos nem um bocadinho. Tenho a certeza que os britânicos pensam o mesmo em relação ao "seu" Natal. De uma forma ou de qualquer outra, um Feliz Natal para todos!!

sábado, 10 de dezembro de 2016

Afternoon tea

Outro deleite da estação Outono/Inverno é o afternoon tea. Sim, o "chá da tarde". É uma espécie de lanche ajantarado, mas bem diferente do habitual em Portugal. Normalmente servido entre as 2 e as 5 da tarde, a composição do afternoon tea é variável, não existem dois iguais. A regra é que seja composto por três camadas: salgados na base; doces no meio; e no topo, o rei da festa: scones com compota e clotted cream, pois claro. E a refeição é feita por esta ordem, dos salgados até aos scones. Tudo isto normalmente acompanhado de chá (ou café, para os menos tradicionalistas. Em alguns casos, para os mais requintados existe a opção de um copo de espumante). Eis um afternoon tea que tivemos o prazer de degustar recentemente.



Regra geral os salgados são vários tipos de sandes em pão de forma sem côdea, mas neste caso temos uma mistura com outras iguarias. Destaque para o scotch egg, que consiste num ovo cozido envolvido em carne de salsicha e, por fim, panado em pão ralado. Sabe melhor do que soa!



Os doces nesta versão são uma mistura de britânico e continental: não falta o tradicional brownie e um menos convencional marshmallow de côco, mas temos também mini-eclairs e pavlova de chocolate branco.



Invariavelmente no topo temos os scones, um dos ex-libris da cultura britânica. São normalmente acompanhados por compota e uma de duas opções: manteiga ou clotted cream. Clotted cream é um tipo de natas que é obtido a partir da fervura do leite gordo de vaca (a "pele" do leite como diz muita gente em Portugal).


Se estiverem no Reino Unido por esta altura do ano, é uma experiência de degustação e tanto desfrutar de um afternoon tea numa tradicional casa de chá com a lareira acesa... imperdível!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Chá das 5

Desde muito novos fomos acostumados à expressão "chá das 5". Proveniente de uma certa ideia romântica sobre o Reino Unido (provavelmente tendo em mente a Rainha), é uma expressão que povoa as nossas mais remotas memórias, seja pelo programa da Teresa Guilherme ou pela recordação do chá de cidreira (ou, com muita sorte, camomila) e das sensaboronas bolachas Maria ou "água e sal" por volta daquela hora. Mas será que falamos da mesma coisa no Reino Unido quando falamos do "chá das 5"?

Às 5 da tarde no Reino Unido tudo o que é casa de chá já fechou ou está a fechar. Às 5 da tarde está sim terminado o dia da grande maioria da população e é hora de voltar a casa. Tradicionalmente a classe média e operária neste país chama "tea" à refeição que faz ao chegar a casa entre as 5 e as 6 e que é, efectivamente para os nossos padrões lusitanos, o jantar deles. Abaixo está um exemplo de um "tea" inglês:

Pie and mash with gravy and peas (tarte de carne com puré, molho e ervilhas (fonte: TripAdvisor)
Como se isto já não fosse complicado o suficiente, estas pessoas chamam à refeição que fazem ao meio-dia "dinner". As primeiras vezes que ouvimos isto pensámos que ou se tinham enganado ou que nos estavam a gozar. Mas com o tempo já nos habituámos. Ah, e ainda existe a "supper" (ceia), mais ou menos pela hora a que nós jantámos (entre as 8 e as 9).

É preciso dizer que existe uma minoria, normalmente pessoas mais novas, que chama "lunch" ao almoço e "dinner" ao jantar, mas não é de facto a regra por estes lados.

Para dizer a verdade, seria difícil de definir uma hora do chá para o comum dos britânicos pois... eles passam o dia a beber chá! De caneca em caneca quase da mesma forma como algumas pessoas fumam acendendo um cigarro com a ponta do cigarro anterior. Não é exagero! É por isso que uma das última vezes que ouvi  alguém perto de mim dizer às 5.30 "I'm having my tea now" imediatamente pensei "Qual é a novidade, passaste o dia a beber chá!" para dois segundos depois lembrar-me "Ah! Esse "tea"..."

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

As gaivotas urbanas

Diz-se que a necessidade aguça o engenho. Mas isto não se aplica apenas aos humanos!

Uma gaivota "normal"

Gaivotas "britânicas"

Um destes dias, estávamos no comboio e deparámo-nos com um cenário muitas vezes visto por cá: à falta de peixe, as gaivotas "arremedeiam-se" com fish & chips. E quem sabe se não lhes sabe melhor! Não tem espinhas e ainda tem acompanhamento!

Este é um cenário muito comum por cá e, em alguns sítios, é quase uma praga. Isto era bem visível (e audível) em Cardiff, onde peritos julgam existir a maior população de gaivotas do mundo! Elas comportam-se como aves de rapina, sempre prontas a voar a pique em direcção ao seu takeaway favorito. Com os perigos que todos percebemos. Claro que grande parte disto se deve à incapacidade de muitos colocarem o lixo no seu devido sítio... Mas nem sempre: elas andam sempre à caça e podem mesmo "atacar" quem esteja muito descansado a comer!

Nunca fomos "roubados" por uma gaivota, mas realmente todo o cuidado é pouco, pelo menos por cá. Foi em Cardiff que pela primeira vez ouvimos falar em "gaivotas urbanas", da mesma forma que também existem "raposas urbanas" (que se especializam em fast food em vez de caçar frangos e galinhas - assim já as comem panadas!). Esperemos que isto não se "pegue" a Portugal!

Nham nham!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Esperança para a cozinha britânica!

Depois de vários posts a "malhar" na cozinha britânica, chegou o dia de fazer justiça a um belo restaurante britânico que fomos em March (é verdade!).

O seu nome é Plate & Porter e foge completamente à norma dos restaurantes britânicos que todos já conhecemos um pouco.

O Plate &Porter, junto à estação de comboios de March (fonte: plateandporter.co.uk)

Logo ao entrar, sentimos um ambiente muito sereno, uma recepção personalizada do pessoal (todo britânico) e, acima de tudo, um cheirinho a "comida boa" que só nos habituamos a encontrar por estes lados em restaurantes mediterrânicos (italianos, espanhóis, turcos e, claro, portugueses). Aliás, este é um dos pontos mais notáveis: quem já esteve no Reino Unido sabe bem a que cheiram os típicos restaurantes britânicos (e, porque não dizer, as ruas dos restaurantes). Cheiros como a óleo de fritar, caril ou a molhos de qualidade duvidosa como o tão famoso "brown sauce" não entram no Plate & Porter.

A carta do Plate & Porter denota um conhecimento aprofundado da cozinha continental europeia. As entradas eram sofisticadas q.b.e já davam uma indicação do que estava para vir.

Foi surpreendente a execução tão bem conseguida de pratos de marisco, que pensávamos que os britânicos desconheciam. Pois, afinal estávamos enganados.

Um dos baluartes da cozinha britânica é o roasted lamb (cordeiro assado) e este não desiludiu, de maneira nenhuma. Ponto de execução da carne absolutamente brilhante, bem como o molho (de Vinho do Porto!). De repente, pareceu que tínhamos aterrado noutro país. Estaríamos mesmo no Reino Unido?

Em primeiro plano, o cordeiro assado. Ao fundo, uma sapateira (muito bem!) recheada com vários tipos de peixe e marisco
A carta das sobremesas trouxe a surpresa do leite creme (crème brûlée). Leite creme num restaurante britânico??, pensamos nós. E era mesmo verdade. Foi o prato menos conseguido, mas não comprometeu de todo.

Duas versões de leite creme: com uma delícia e gelado de chocolate; com banana flamejada e gelado de banana
Todo o serviço foi extremamente cuidadoso e profissional e, no fim, ficou a sensação de que se passou um grande momento. Talvez o factor "surpresa" tenha contribuído para esta sensação (já passávamos neste restaurante há meses mas não imaginávamos que valesse tanto a pena). A partir daquele dia já passamos a dizer "afinal há esperança para a cozinha britânica" (para além dos "Olivers", "Nigellas" e "Ramsays").

Não é propriamente um restaurante barato, mas também não é excessivamente caro. É o restaurante ideal para uma ocasião especial (e era o caso!). Esperamos voltar em breve!
 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Abóbora, finalmente!

Foram precisos quase dois anos para encontrarmos por aqui abóbora para comer!! (as do Halloween não contam...)


Ora esta abóbora dá-se pelo sugestivo nome de butternut squash! E como fomos descobri-la?

Quando estivemos em Stratford-upon-Avon, fomos jantar a um restaurante britânico com inspiração na cozinha mediterrânea (uma muito boa escolha, por sinal). E um dos pratos que pedimos foi um risotto de butternut squash. Mesmo sem sabermos o que era (sabíamos apenas que era vegetariano), pareceu-nos bem um risotto. Enquanto picávamos as entradas, pesquisamos no google o que era e vimos que era uma abóbora!

Confessamos que a ligação arroz/abóbora não é a mais feliz, mas a parte boa é que finalmente descobrimos abóbora!

Não foram precisos muitos dias para descobrirmos à venda a butternut squash. E foi no Lidl que a encontramos. O Lidl é, definitivamente, dos supermercados mais interessantes por cá (na nossa perspectiva "europeia"): tem muito mais coisas do continente europeu do que qualquer outro dos supermercados "british", e com melhores preços. Não éramos grandes fãs do Lidl em Portugal, mas aqui ficámos convertidos! E qual foi a grande surpresa?


É verdade, Made in Portugal! Depois disto, ficamos intrigados, pois nunca tínhamos visto destas abóboras em Portugal. Mas era mesmo defeito nosso, pois já as comemos muitas vezes! Ora, a butternut squash é a "nossa" abóbora-menina ou, para muitos, abóbora-bolina!

A abóbora-menina/bolina por dentro
A verdade é que esta abóbora é mais usada em Portugal para doçaria. Mas para nós, passa a ser a abóbora da sopa! É o fim do reinado do swede cá em casa, um sucedâneo de abóbora que é um híbrido de nabo e couve. O nome swede tem a ver com a Suécia: é o acrónimo de Swedish turnip (nabo sueco).

O swede (fonte: visualphotos.com)
Ia dando para o gasto... mas não é a mesma coisa!

Não é que descobrir uma abóbora seja uma grande coisa, mas realmente este é mais um exemplo de como simples coisas que tomamos por garantidas em Portugal... afinal não o são!
 

sábado, 30 de março de 2013

Boa Páscoa para todos!

Desejamos uma Feliz Páscoa a toda a nossa família, amigos e àqueles que assiduamente nos acompanham neste espaço. Que este seja um tempo de reforçar a nossa fé e esperança num futuro melhor. E já agora com muita comidinha boa e docinhos de Portugal, como é óbvio!


terça-feira, 5 de março de 2013

"Santa" Sexta-feira

Todos temos os nossos rituais. Mais que a maioria dos povos, os britânicos são certamente feitos de rituais. Um deles é o jantar fora à Sexta-feira. É literalmente a "loucura-loucura" em tudo o que é restaurante!

A "alergia" britânica a "perder tempo" com cozinhar é bem conhecida. Não é preciso haver um dia específico para o take-away, qualquer dia é bom...excepto Sexta-feira. O porquê? Não sabemos exactamente, mas é uma constatação que temos vindo a fazer. Seguramente não haverá relação com a tradição judaica, pois não nos parece haver expressão relevante. Dado o Sábado ser dia de observância especial para os judeus, o jantar de Sexta-feira é mais festivo.

Seguramente terá a ver com a alegria de se chegar ao fim de uma longa e dura semana de trabalho e não se "estar com cabeça" para sequer pensar em cozinhar.  Nós por cá, em March, temos uma escassa escolha para comer fora. Para além dos inevitáveis take-aways, não sobram muitos restaurantes. Temos os pubs, indianos, chineses e um italiano. O italiano é potencialmente interessante, mas o aspecto não é muito convidativo. Mas, quem sabe se não será uma surpresa? Mas, se querem mesmo saber, o que nós gostamos mesmo é do restaurante de cá de casa. Não é que sejamos um portento culinário (muito longe disso), mas se queremos comida que se pareça com aquilo que sempre gostamos e aprendemos a amar no nosso Portugal... é como nas botas e nos relógios: faz tu mesmo!!...

Para o fim, deixamos uma foto que diz tudo. Mais que um slogan de um portal de take-aways, um modo de vida!

Fonte: just-eat.co.uk

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A ementa nas cantinas escolares

Escrever sobre comida no Reino Unido é verdadeiramente um filão inesgotável. Já falamos do assunto por diversas vezes e pensámos sempre que é a última. Até à vez seguinte...

Desta vez, "tropeçamos" neste anúncio no jornal oficial do Cardiff Council. É, nem mais nem menos, a ementa das cantinas das escolas primárias públicas de Cardiff. Podem e devem fazer zoom para verem melhor.


Vejamos o caso do primeiro dia.


Ora a escolha é entre pizza Margherita (caseira!) ou Jacket Potatoes. Quem é cliente habitual aqui do blog já conhece esta "iguaria" da cozinha britânica. Se escolherem Jacket Potatoes, podem optar por um dos seguintes recheios: atum ou feijões cozidos! Como acompanhamento, ou batatas em cubos com ervas ou feijões cozidos. Desde logo salta à vista a (falta de) diversidade da refeição, para não falar da qualidade das escolhas!

Outro dia. Desta vez a escolha é entre almôndegas (com molho de carne, molho de tomate com queijo ralado ou vegetarianas) e... sardinhas "na torrada" (!!) com puré de batata e ervilhas.


De uma forma geral, estas três semanas de ementa demonstram uma grande falta de diversidade (nutricionistas que nos estejam a ler, manifestem-se!), de gosto (dizemos nós) e até de sentido pedagógico, visto estarmos a falar de crianças a partir dos seis anos... se não se orientar o gosto das crianças desde o berço, não será quando forem adultas que se vai corrigir isso! E, infelizmente, isso continua a não acontecer nas cantinas de Cardiff. Não ignoramos que em Portugal os tempos também já foram outros a este respeito e que as nossas cantinas não são um primor, mas não estamos neste ponto e espero que não o atinjamos!

Claramente, a nossa visão revela um choque cultural: estamos habituados a um determinado tipo de cozinha, a um nível de exigência com a alimentação que nos foi incutido desde bem cedo. Contudo, há uma coisa que não é dependente das diferenças entre os nossos países: a Roda dos Alimentos.


Infelizmente a distribuição destes sectores por aqui é bem diferente. E não tem de ser assim, pois tudo o que vêm na Roda encontra-se aqui! É só querer...

Para finalizar, vejam esta notícia de há alguns meses em que uma menina de 9 anos na Escócia criou um blog para colocar fotos e respectiva classificação (de 0 a 10) da comida da cantina da sua escola. Não demorou muito a ser "censurada"...
 

domingo, 29 de julho de 2012

O verdadeiro salame de chocolate!

Depois da tentativa falhada de comer um "docinho" fora de casa, da qual vos falamos aqui, segue o nosso salame feito com chocolate em pó da Regina vindo directamente da fonte (de Portugal, é claro!).

 O verdadeiro salame de chocolate - o nosso!
Que vos parece? Vai uma fatia? :)
 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Portugal à mesa em Cardiff!

Depois de muito tempo a sonhar com produtos como o bacalhau ou o simples pão ralado, eis que descobrimos esta pequena maravilha a poucos minutos a pé de casa: uma mercearia  só com produtos produtos nacionais, a Benedito's - Portuguese Delicatessen! Não acreditam? Então vejam aqui.

A lista de produtos é interminável mas aqui ficam algumas das coisas que trouxemos para casa na nossa primeira visita (e após muita reflexão e ginástica mental já que a vontade de trazer tudo era grande!).


E claro que não é preciso dizer que nos tornamos clientes assíduos desta mercearia! Bem hajam e continuem por aqui, que nós também!
 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mais olhos que barriga...

Uma meia de leite e uma fatia de salame de chocolate, a dois passos de casa?!?! Será mesmo verdade?

A meia de leite e o salame de chocolate (chocolate crunch slice)
A foto não mente, mas o paladar não engana...

Este salame de chocolate é mais um bolo de açúcar com chocolate e bolacha (OK, podia ser pior, mas a expectativa imediata foi demasiado alta).

Pelo menos a meia de leite era bem boa e quentinha, o que ajuda bastante neste "Verão" Britânico.

Verão de Cardiff 2012 (21 de Junho). Fonte: http://wordtree.com/working-the-words
Já faltou mais para comermos o "nosso" salame de chocolate, e isso é que conta!
 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Aqui fica mais uma sobremesa caseira!


Pois é, se queremos um docinho temos que ser nós a fazê-lo porque o melhor que se arranja por estas bandas são cheesecakes, cupcakes e afins. Mas, nada que se compare à nossa tão vasta doçaria!! Que saudades que eu tenho de ir a uma pastelaria comer um mil-folhas, um éclair, um jesuíta ou até um vulgar pastel de nata...

Mas até lá ficamo-nos com este bolo de ananás. Que vos parece este, hum? Gostam? Vai uma fatia?

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Aqui fica a nossa versão do sticky toffee pudding!

 

                   O que acham? Tentados a experimentar?


domingo, 22 de abril de 2012

Uma noite "gourmet"

Ora aqui estou eu para vos falar sobre o jantar especial que fizemos ontem cá em casa. Claro que nem é preciso dizer que a ementa era exclusivamente portuguesa!! Deixo aqui o menu para vos fazer crescer água na boca e, quem sabe, ganhar vontade de nos fazer uma visita!

Entradas
Ostras recheadas com legumes na chapa, acompanhadas de tomate gratinado
 
Prato principal 
Peito de peru assada no forno em Vinho do Porto, com batatinha a murro


Sobremesa
Melão da época


Tudo isto regado com uma boa "pretinha", isto é, uma Guinness bem geladinha e cremosa, como sempre!! 

São servidos? :)
  

sexta-feira, 9 de março de 2012

A Doçaria Britânica

Ora bem, foram várias as famílias que mostraram interesse em conhecer a doçaria galesa, ou melhor, britânica. Portanto, aqui vai a opinião de alguém bastante entendido na matéria (já que é gulosa q.b.!!).

Na verdade os doces, os bolos e as sobremesas caseiras (das nossas mães, avós, etc.) têm aqui pouco ou nenhum valor: o que esta gente gosta mesmo é de bolos folhados, com bastante creme ou coberturas “plastificadas”. Mas há excepções claro!!

O Zé já tinha feito uma breve incursão na "doçaria" galesa aqui, quando falou sobre os welsh cookies, uma espécie de bolo-do-caco com passas. Mas não se excitem muito, que não vale a pena!

Por outro lado, aqui os scones são realmente uma delícia! Ao sábado de amanhã já virou tradição comprarmos meia dúzia deles para darem para o dia seguinte (não duram muito mais e também não interessa que durem mais, porque já não estão fofinhos e estaladiços como no 1º dia em que os compramos!). Existem scones simples, com passas, com cerejas, com queijo, enfim… com tudo aquilo que possam imaginar! Ainda assim, os nossos preferidos são os scones simples que depois podemos barrar com compota ou manteiga, ou de forma mais gulosa ainda, com as duas coisas (que é como eu gosto mais!).

Aqui vão algumas fotos dos ditos:
 

Depois temos uma especialidade que foi importada de terras americanas: os chamados cupcakes. Estes bolos também são muitos famosos por estas bandas talvez por serem extremamente bonitos à vista mas são demasiado artificiais. Realmente, eles são, nada mais, nada menos, do que os nossos queques com uma cobertura de açúcar do tipo massapão, que pode ter as mais diversas formas, feitios e cores. Eis um exemplo:  


Chegou o momento de falar dos bolos que mais se assemelham com os nossos bolos e com as nossas sobremesas. Bem, neste campo podemos destacar três especialidades: a primeira é o chamado fudge; a segunda é o sticky toffee pudding (que posso garantir ser muito bom!) e a terceira é o Madeira cake (sim tem o nome da nossa ilha e não é engano! Mais à frente irei falar dele!). 

Começando pelo fudge, obtém-se misturando o açúcar, a manteiga e o leite. Este preparado vai a cozer em forno médio até adquirir uma textura cremosa e fofa. Como podem ver nesta imagem existem diversas variações desta iguaria.

Eu confesso que ainda não provei mas a olhar pelo aspecto não morro de amores! Que vos parece? Caso apreciem, convido-vos a fazerem e a partilharem connosco o resultado!

Vou-vos falar agora do pudim pegajoso de caramelo (ou será pudim de caramelo pegajoso?...), na versão inglesa sticky toffee pudding. Este sim é uma delícia! Senão, vejam com os vossos olhos! Tem óptimo aspecto, não tem? :)


É um bolo muito húmido, feito com tâmaras ou ameixas secas, coberto com molho de caramelo. É muitas vezes servido com um creme de baunilha ou gelado de baunilha. Com água na boca? Espero que sim! Ainda não experimentamos fazê-lo cá em casa, mas está para breve! Para os mais gulosos, devo acrescentar que o pudim deve ser comido com moderação porque se torna um pouco enjoativo pois é muito, muito doce! Tentados a provar ou a experimentar fazer o sticky toffee pudding em casa? :)

Por fim, chegou a altura de falar do Madeira cake. O bolo Madeira ou Madeira cake é um bolo tradicional da cozinha inglesa. Este tem uma textura leve (idêntica ao nosso tradicional pão-de-ló fofo) e normalmente é servido com chá ou bebidas alcoólicas. Tradicionalmente é aromatizado com limão. A sua origem remonta ao séc. XVIII ou XIX. E porquê este nome, então? Ao contrário do pensamento geral, este bolo não é originário da nossa ilha da Madeira! Ao invés, ele adoptou o nome da nossa ilha pois o vinho da Madeira (um delicioso licor, por sinal!) era muito popular em Inglaterra naquela altura e era muitas vezes servido com o bolo. Daí o bolo passou a confundir-se com o vinho e adoptou o nome Madeira cake. Assim, o Madeira cake nada tem a ver com o Bolo de Mel da Madeira, que é feito com mel de cana ou melaço. Vai uma fatia?
 
 

Com água na boca? Se ficaram com fome ou vontade de experimentar alguma destas especialidades ponham mãos à obra! Ou podem sempre aparecer por cá! Bons cozinhados! :)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Uma verdadeira preciosidade por estas bandas!!




E não é que na semana passada, quando fomos às compras, descobrimos uma verdadeira preciosidade aqui: pêras mas não como as que já tinhamos comprado (sem caroço e a saberem a nada!), eram PÊRAS ROCHAS!!! E a prova está aqui bem à vista de todos!

Temos mesmo de exportar aquilo que nós temos de bom (e que é muita coisa!!) para o estrangeiro!!! Ai que bom ter aqui Portugal mais pertinho e quem sabe não veremos mais produtos portugueses por cá!

Até breve com mais novidades!

terça-feira, 4 de maio de 2010

A "comida"

Depois de uma pequena visita turística por Cardiff, aproveito agora o mote com que terminei a minha última mensagem e vou hoje falar-vos sobre a "comida" em Cardiff e, de um modo geral, no Reino Unido.

Começando pelo pequeno-almoço, sugiro-vos o tradicional pequeno-almoço galês: um belíssimo "pão" de algas (sim, algas!) acompanhado de ovos mexidos, berbigões fritos, bacon e salsichas! E claro, para acompanhar um pint (0,568 litros) de Brains, a cerveja "oficial" do País de Gales. Com fome já?? :)




















Pequeno-almoço tradicional do País de Gales (imagem retirada de www.welshfoodie.com/s_wales_dining.htm)

Então passemos agora aos pratos principais! Para além do "petisco" Jacket Potatoes que já vos apresentei na mensagem anterior, temos:






















A sopa tradicional galesa: cawl - com carne de cordeiro, legumes, queijo e pão... e mais nada! (imagem retirada de www.ukstudentlife.com/Travel/Tours/Wales/All.htm)

 














Peixe com batatas fritas (fish and chips), com ketchup (mas sem sal e com muita gordura!) (imagem retirada de my.opera.com/kirstycat/blog/breaded-fish-with-rosemary-oven-chips)






















Faggots (almôndegas) com puré de batata e ervilhas - mas sem condimentos nem salada de legumes... (imagem retirada de en.wikipedia.org/wiki/File:Faggots-and-gravy.jpg)



























A tradicional tarte dos pastores: Shepperd's Pie - dever-se-ia chamar "tarte dos pastores viúvos"...acreditem, já provei! (imagem retirada de www.bbcgoodfood.com/recipes/3208/quick-spiced-shepherds-pie)

Como podem ver, para além de uma gritante falta de bom gosto (e de amor à própria saúde, diga-se de passagem!!), falta certamente aos britânicos, e aos galeses em particular, uma "mãe" que cozinhe para eles!

Não existe uma tradição culinária consolidada no Reino Unido, o que torna as suas "confecções" (demasiado) primitivas. O uso de especiarias na confecção dos pratos é algo de aparentemente "exótico", sem interesse! Quando falo em especiarias, incluo aqui o sal...! E só para terem noção, o azeite aparece nos supermercados na secção "comida internacional"...

A esta "não cozinha" ajudam as "pancas" britânicas quanto às alergias alimentares (ao sal, à pimenta, ao gluten, ...). Assim, as pessoas que desejem sal/pimenta/... nos cozinhados que os coloquem à parte após o prato chegar à mesa! Quem de vós cozinha sabe bem que não é (nada!) a mesma coisa!!

De uma forma geral, para os britânicos "cozinhar" significa deitar os ingredientes numa panela com água, ligar o fogão e esperar que fique pronto...por fim juntar o "saudável" ketchup ou outros molhos pré-comprados e fazer a festa! Ah, existe também claro a alternativa de fritar! Tudo bem regado com uns belos pints! Mas, se querem mesmo saber, a alternativa preferida deles é ir ao fim da tarde a um dos inúmeros fast-food take-aways que existem por estas ruas e levarem para casa a "refeição" para toda a família...sim, mesmo para as crianças pequenas!

Contudo, existem por aqui alguns "céus" no meio deste "Inferno" culinário: pelo menos dois restaurantes portugueses, que eu conheça. Já fui a um deles e definitivamente é um achado por estas bandas! Existem também imensos restaurantes italianos, sendo que uma boa parte deles parece ter qualidade.

De qualquer forma, eu cá prefiro comer sempre no meu próprio "restaurante"! É também uma forma de me sentir mais próximo de quem deixei...ah, e a saúde e carteira agradecem!