Mostrar mensagens com a etiqueta cerveja. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta cerveja. Mostrar todas as mensagens

domingo, 15 de setembro de 2013

Afinal cerveja não é apenas... cerveja

Quantos tipos de cerveja conhecem? Não, não são marcas, são mesmo tipos! Pois, supomos que não vos ocorram muitos, certo? Para o comum dos portugueses, cerveja é cerveja. Quando muito existe a preta (stout) e, muito raramente, a "abadia".

Pois ao chegar ao Reino Unido é fácil ficar confuso. Para além da medida dos copos (pint - equivalente a 57cl, cerca de duas vezes um fino/imperial), há uma vasta escolha de tipos de cerveja ao balcão para um público muito conhecedor. Elas são lager, ale, stout, cider, entre outras... e todas elas tem sub-tipos, bem notórios pelas suas diferentes cores e espumas (ou falta delas). A marca vem depois!

O balcão-tipo de um pub (fonte: crownatreepham.com)

Ora bem, as nossas Super Bock e Sagres são típicas cervejas lager, cujo método de fermentação de origem alemã nos habituamos a apreciar desde sempre. Por aqui podemos encontrar muitos sub-tipos e marcas de lager, incluíndo a Sagres nas lojas Tesco (e em todas as lojas portuguesas, onde se encontra com facilidade também a Super Bock)!

Publicidade à Sagres à entrada de um Tesco Extra

Regra geral, as lagers por aqui são menos alcoólicas que em Portugal. Facto certamente não alheio à chamada "taxa do álcool" que o governo tem vindo a fazer crescer e que "castiga" o preço final da bebida em proporção directa ao volume de álcool. Assim, para manter os preços (e as vendas), as marcas têm vindo a descer a graduação das suas cervejas, fazendo o possível para que os clientes não notem a diferença...


A ale, nas suas inúmeras variantes, é a cerveja nacional do Reino Unido. Estas vão desde pale (muito clara) até brown (escura). O que, na prática, é ir de "azedo" até "azedo como rabo de gato". Este tipo de cerveja, do qual a Greene King de Bury St. Edmunds produz várias variantes, tem ainda a curiosa particularidade de ser retirada dos barris à bombada! Mas o fascínio fica mesmo por aí. O sabor estraga qualquer romantismo (mas aceitamos opiniões divergentes!).

O processo de retirada da ale

A stout (preta) "rainha" por aqui é a Guiness, ainda que seja uma cerveja da República da Irlanda. Mas há outras marcas locais a fabricar este tipo de cerveja, mas não nos sabe tão bem...

Mas a melhor de todas (a nossa favorita) é a cidra, fermentada geralmente a partir de maçã. Docinha e com sabor a fruta (que pode ser apenas maçã, mas pode ser também frutos vermelhos, por exemplo). Tão docinha que parece que estamos a beber um sumo...só quando nos levantamos é que nos damos conta que tem álcool, em regra entre 4% e 5% do volume. As cidras "rainhas", em nossa opinião, vêm da Suécia: Kopparberg e Rekorderlig. Yummy!

A Kopparberg "tutti-frutti" (essencialmente frutos vermelhos)
A Rekorderlig de maracujá, com "base" de pêra

Este tipo de cerveja, excelente para o Verão, não se encontra facilmente em Portugal (com muita pena nossa). Mas, pelo menos, é algo do qual sentimos falta quando não estamos por cá!
 

domingo, 8 de setembro de 2013

A vila floral

O Meu Lado Solar está de volta e pára hoje numa bela vila relativamente perto daqui: Bury St. Edmunds!

Após alguns passeios a sítios, em nossa opinião, pouco interessantes (e, portanto, sem grande interesse para vós também), as expectativas sobre Bury St. Edmunds não eram famosas. Mas é nestes casos que sabe melhor ser surpreendido!

O Angel Hotel

Logo ao chegar ao centro (e sem necessidade de pagar parquímetro, um luxo!), deparámo-nos com uma zona pedonal comercial, cultural e residencial que muito se assemelha ao Fórum Aveiro: ao ar livre, ampla e moderna. Só por esta zona já valeria a pena visitar a vila: pela experiência de compras descontraída, pela ida ao centro cultural ou apenas pela caminhada.

O novo shopping ao ar livre

Mas Bury St. Edmunds é muito mais que isto. Andando mais um pouco chegamos ao típico centro das pequenas vilas britânicas. Mas este está bem acima da média (pelo menos do Este de Inglaterra), não só pelo arranjo pitoresco do casario, mas principalmente pelo lindíssimo parque envolvente à Catedral de St. Edmundsbury (já de si imponente). A abundância floral do parque (Abbey Gardens) que se estende por várias ruas do centro torna Bury St Edmunds numa auto-denominada floral town (vila floral).

Os Abbey Gardens
A Catedral de St. Edmundsbury

O centro da vila é pequeno e calcorreia-se em pouco tempo de ponta a ponta. No centro há a destacar o antiga sede do mercado agro-pecuário transformado em pub há pouco cerca de um ano. Tem uma vertente de galeria de arte na entrada, o que o torna muito requintado e diferente do que estamos habituados a ver.

O pub Corn Exchange (fonte: jdwetherspoon.co.uk)

Outro edifício de relevo é a fábrica e respectivo museu da cerveja local - a Greene King - que devido ao facto de ser Domingo e tudo fechar cedo, nos vimos impedidos de visitar. No entanto, deixamos aqui uma foto da entrada. Esta cerveja é bem popular, encontra-se em qualquer pub de Inglaterra e Gales e é do tipo ale (que está longe de ser o nosso tipo de cerveja preferido). Havemos de voltar a falar de cerveja em breve...

Fábrica e museu da Greene King

Na envolvente, para além da habitual planície verde, existe um forte complexo industrial/comercial (quando comparado com o resto da região), do qual salta imediatamente à vista a fábrica da British Sugar. Lá se encontra também um grande hospital do serviço nacional de saúde (NHS), o West Suffolk Hospital.

Bury St Edmunds não tem aquele estilo vibrante, jovem e variado que, por exemplo, Cambridge tem. No entanto, alia muito bem sossego e qualidade de vida com a proximidade a serviços, que a torna numa vila muito atraente para se viver! Recomendado!

Uma das entradas dos Abbey Gardens