terça-feira, 12 de junho de 2012

O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido: Parte 2

O post de hoje é dedicado a um assunto que já abordamos aqui, uma vez que hoje tivemos a nossa segunda experiência com o NHS (National Health Service).

O espaço de tempo entre colher as análises e o ter novamente consulta foi de um mês. Nada a dizer, pois eram análises de rotina e sem qualquer tipo de urgência.

Hoje, quando fomos à consulta, a médica perguntou-me qual era o motivo da consulta. Expliquei-lhe que tinha feito análises (que ela tinha marcado) e que queria saber os resultados. Ora bem, sem olhar para mim, respondeu que estava tudo bem. Como esta resposta era insuficiente para mim, perguntei-lhe em pormenor o que pretendia saber. Respondeu-me sem tirar os olhos do computador. Entretanto, disse-lhe que não percebia o porquê de um dos valores que estava a ler, pois era suposto ele estar diferente. Respondeu que também não sabia e que me ia encaminhar para uma consulta da especialidade no hospital. Também me aconselhou a continuar a tomar a medicação que costumo fazer. Sem me perguntar mais nada, passou-me uma receita e disse que me podia ir embora. Claro está que a consulta demorou cerca de 8 minutos!!

Pois é, ou a médica estava num dia não (tem o seu direito, claro) ou então a nossa primeira impressão estava errada e a simpatia esfumou-se...no entanto, o facto de ter passado uma receita sem sequer ter perguntado qual a dosagem que costumo fazer da medicação em causa, mostra falta de profissionalismo e isso não é desculpável com um mau dia (pelo menos para mim não é!).

A imagem de eficiência do NHS desvaneceu-se bastante e a realidade diz-nos que Portugal não está assim tão mal servido em termos de cuidados de saúde (por comparação, claro!). Não são os países ou os idiomas que fazem a diferença, são as pessoas! Bons e maus profissionais existem em qualquer sítio do mundo e em qualquer profissão!
 

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Techniquest: o Visionarium cá do sítio

O Techniquest é um museu de ciência "mão-na-massa" localizado bem junto ao Atlântico, na baía de Cardiff.

Techniquest (retirado de http://gb.fotolibra.com)

Há algum tempo que considerávamos uma visita a este espaço, mas sinceramente nunca nos despertou verdadeiramente o interesse, pois já conhecíamos o conceito (o Visionarium, na Feira, e o Ciência Viva, em Lisboa, são parecidos).

Uma vantagem imediata do Techniquest em relação aos museus tugas do género é a brilhante localização (OK, o Ciência Viva é no Parque das Nações e está super bem localizado também, mas são opiniões). O mesmo não se pode dizer do edifício em si: tem um formato vulgar, passava bem por um armazém.

O museu tem muito que explorar ao longo de um dia de visita. São cerca de 120 pontos de interesse dispersos por três andares, que abrangem diversos campos da ciência e da educação/cultura (pois está muito direccionado para visitas de escolas ou de crianças em idade escolar ou pré-escolar).

Vista do segundo andar
Uma colónia de 4000 formigas em plena actividade
Alguns pontos de interesse (em primeiro plano, enigmas de tangrams)

O Techniquest tem ainda um planetário (com várias exibições diárias) e um espaço de exposições temporárias. Contudo, o acesso ao planetário tem um custo adicional além do bilhete normal.

Este museu, ao contrário de grande parte dos museus em Cardiff, não é de acesso gratuito e o preço por adulto é de 7 libras (8.50 euros aproximadamente). Uma visita ao planetário acresce o bilhete em 1.30 libras (1.60 euros). Na nossa opinião, o preço é um pouco exagerado face ao que é oferecido. Não sabemos estimar os custos de funcionamento de um espaço destes, mas dado o custo de manter material que é "espremido" diariamente por tanta gente (principalmente crianças) e o elevado número de funcionários (normal nos museus do País de Gales) admitimos que seja necessário um valor de bilhete tão caro. Na nossa perspectiva de visitantes, talvez 5 libras por adulto fosse um valor mais ajustado para o que o museu "vale", mas isto é uma suposição sem fundamento, baseada no nosso histórico de visitas a museus.

Foi um belo dia fora, dado que saímos faltava um pouco menos de meia hora para o fecho e já se ouvia nos sistema sonoro que o espaço ia fechar daí a pouco... o passo seguinte foi seguramente começar a "rondar" os visitantes para os "escorraçar" pois, como dissemos aqui há uns tempos, horários são horários...Típico!
 

terça-feira, 5 de junho de 2012

O Jubileu de Diamante da Rainha Isabel II

A Rainha Isabel II, actual Rainha (mais precisamente, monarca constitucional e chefe de Estado) do Reino Unido e da Commonwealth, celebrou neste ano de 2012 60 anos de reinado (bodas de diamante).

Apesar de ter sido nomeada Rainha após a morte do seu pai, rei Jorge VI (recentemente trazido para a ribalta com o filme O Discurso do Rei), a 6 de Fevereiro de 1952, só um ano mais tarde (em 2 de Junho de 1953) foi oficialmente coroada. Foi neste ultimo fim-de-semana (alargado, com dois feriados) que as comemorações tomaram a sua expressão máxima.


Esta senhora é, sem qualquer dúvida, um símbolo de poder e é o elo de ligação de uma Nação constituída por países carregados de divisões (internas e entre si).

É, portanto, natural que esta data seja celebrada tão fervorosamente por (quase) toda a gente, independentemente do seu interesse/apego à monarquia. Desde que chegamos ao Reino Unido que ouvimos falar do Jubileu da Rainha. Ah, e todo o tipo de merchandising que possam imaginar está por todos os cantos e esquinas: canecas e pratos com a cara de Sua Majestade e de outros membros da Família Real, guardanapos, canetas, bandeiras... se não acreditam, vejam aqui.

Cardiff não passou ao lado das comemorações oficiais, como podem ver aqui, onde se descreve como decorreu o "Grande Almoço" (Big Lunch) nas ruas da nossa cidade no Domingo passado (à chuva, bem se vê...).

Nós, apesar de apanhados nesta "onda de festejos", estamos um pouco à margem de tudo isto, pois pouco ou mesmo nada tem a ver connosco. Ainda assim, durante a missa do passado Domingo fomos apanhados de surpresa quando o padre fez uma oração em honra de Sua Majestade e posteriormente tocou-se (e cantou-se) o hino nacional do Reino Unido (God save the Queen). Obviamente que respeitamos os seus símbolos, sentimentos e festejos (até porque estamos no país deles!), mas não deixamos de considerar tudo isto um bocado exagerado...

Mesmo assim, aqui fica a nossa homenagem a Sua Majestade e votos de muita saúde, para que continue a reinar por mais alguns anos (e bater o recorde da Rainha Vitória, quem sabe!).